O que andámos a fazer em 2020

15
Jan
2021

 

2020 ficará na História como um ano, no mínimo, surpreendente. Em fevereiro, quem adivinharia que passado um mês estaríamos todos confinados à solidão das próprias casas? Que teríamos de pensar duas vezes antes de levar a mão à cara? Que beijos e abraços seriam coisa do passado? Foi um ano que nos colocou à prova e que, com a ajuda da PPL, soubemos estar à altura. Começou com uma mobilização geral da sociedade para produzir álcool e equipamento de proteção individual, lançando campanhas para costurar máscaras e até imprimir viseiras com impressoras 3D.

 

 

Estávamos fechados em casa, mas não era por isso que a atividade física tinha de parar. Vimos surgir iniciativas originais, como o “Kilometros em Casa” e a “Corrida para a Vida”, que acabariam por reunir quase 60 000€ para apoiar hospitais e serviços de saúde, e movimentos a título particular como o da Maria de Vasconcelos que conseguiu oferecer viseiras reutilizáveis aos profissionais de saúde.

 

 

E enquanto uns procuravam a saúde e o bem-estar através do desporto, outros encontraram-na pela via da criatividade. Apareceram livros únicos, e um bom exemplo foi o “UM DIA DE CADA VEZ” de David Machado e Paulo Galindro que angariou mais de 15 000€.

O ensino também foi forçado a adaptar-se à nova realidade, e infelizmente muitas crianças não tinham computador em casa nem meios para receber aulas online. Para combater esta necessidade surgiram campanhas como a do Agrupamento de Escolas Portela Moscavide que conseguiram reunir mais de 12 000€ para comprar equipamento informático para os seus alunos.

 

 

Mas não só de Covid-19 se fez 2020. Tivemos a estreia do António Raminhos, que generosamente ofereceu o presente do seu 40º aniversário, e da Jwana Godinho, com o seu Challenge para a União Audiovisual. Tivemos também o prazer de receber caras conhecidas, como a Montis, que reuniu mais de 20 000€ para converter um eucaliptal numa mata, o Jorge Vassallo, que terminou em grande o último volume da sua trilogia de crónicas de viagem na Índia, "Tudo é Possível!", e a Carolina Lucas, que desde 2015 financia os seus tratamentos com a vossa generosidade.

 

 

Este foi um ano que nos uniu através do afastamento. Que revelou fragilidades escondidas. Que demonstrou que uma cadeia é tão forte quanto a força do seu elo mais fraco, e que basta um minúsculo vírus para obrigar a ajoelhar as maiores nações do mundo. Mas quanto mais negras são as sombras, mais se revela a luz que brilha por entre elas, e 2021 está aí à porta, iluminando-nos como a tão ansiada luz ao fundo do túnel. Foi uma grande alegria podermos caminhar juntos. Lado a lado com cada um de vocês.