O crescimento do crowdfunding em Portugal: um fenómeno em expansão

13
Aug
2024



O crowdfunding tem vindo a ganhar destaque em Portugal como uma forma inovadora de financiar projectos e empresas. Esta prática, que chegou a sites de jogos online como o Portuguese Ivibet e permite a angariação de fundos através de pequenas contribuições de um grande número de pessoas, tem-se afirmado como uma alternativa viável para start-ups, iniciativas culturais, causas sociais e até pequenos negócios.

Neste artigo, exploramos as últimas notícias sobre o crowdfunding em Portugal, analisando o seu crescimento, os tipos de crowdfunding mais populares e as perspectivas para o futuro.

O crescimento do crowdfunding em Portugal

O crowdfunding começou a ganhar força em Portugal na última década, impulsionado pela popularização da Internet e das redes sociais. Plataformas como a PPL, GoFundMe e Seedrs têm desempenhado um papel fundamental na democratização do acesso ao financiamento, permitindo que pessoas comuns invistam em projectos em que acreditam.

Em termos de números, Portugal tem registado um crescimento constante no número de campanhas de crowdfunding bem sucedidas. Desde iniciativas culturais, como a produção de filmes e livros, a projectos sociais, como campanhas de ajuda humanitária, o crowdfunding tem-se revelado um instrumento eficaz de mobilização de recursos.

Tipos mais populares de crowdfunding

Existem diferentes tipos de crowdfunding, cada um com características e objectivos específicos. Em Portugal, os tipos mais populares são:

  1. Financiamento coletivo de donativos: Neste modelo, as pessoas contribuem financeiramente para causas sociais, projectos comunitários ou campanhas de caridade sem esperar nada em troca. Exemplos disso são a angariação de fundos para tratamentos médicos, o apoio a ONGs e iniciativas ambientais. Este tipo de crowdfunding tem crescido especialmente em tempos de crise, como durante a pandemia da COVID-19, em que foram criadas muitas campanhas para apoiar as pessoas afectadas pela crise sanitária e econômica.
  2. Crowdfunding de recompensa: neste caso, os apoiantes contribuem para um projeto em troca de uma recompensa, que pode ser um produto, um serviço ou uma experiência única. Um exemplo comum são as campanhas para financiar novos gadgets ou produtos criativos, em que os apoiantes recebem o produto final antes de este ser lançado no mercado.
  3. Equity crowdfunding: neste modelo, os investidores adquirem uma participação na empresa ou no projeto em que investem. Este tipo de crowdfunding é especialmente popular entre as startups tecnológicas, onde os pequenos investidores podem tornar-se accionistas e participar nos lucros futuros. Em Portugal, plataformas como a Seedrs têm sido pioneiras neste tipo de financiamento.
  4. Crowdfunding lending: Também conhecido como peer-to-peer lending, este tipo de crowdfunding permite que indivíduos emprestem dinheiro a pequenas empresas ou a outros indivíduos, recebendo juros sobre o montante emprestado. Este modelo tem vindo a crescer como uma alternativa ao financiamento tradicional, oferecendo condições mais favoráveis tanto a quem empresta como a quem pede emprestado

Desafios e perspectivas futuras

Apesar do crescimento e do sucesso de muitas campanhas, o crowdfunding em Portugal ainda enfrenta desafios. Um dos principais desafios é a falta de conhecimento e compreensão do funcionamento do crowdfunding, tanto por parte dos criadores de campanhas como dos potenciais financiadores. Além disso, a regulamentação deste sector ainda está em desenvolvimento, o que pode criar incerteza entre investidores e empreendedores.

No entanto, as perspectivas para o futuro são promissoras. Com o aumento do acesso à Internet e a crescente familiaridade dos portugueses com as plataformas digitais, espera-se que o crowdfunding continue a crescer. A inovação tecnológica, como a utilização da cadeia de blocos para garantir a transparência e a segurança das transações, também pode aumentar a confiança e o envolvimento dos utilizadores.

Além disso, o Governo português tem demonstrado interesse em apoiar o desenvolvimento de novas formas de financiamento, incluindo o crowdfunding, no âmbito das suas políticas de promoção da inovação e do empreendedorismo. Este apoio pode assumir a forma de incentivos fiscais, programas de educação financeira ou mesmo através de parcerias com plataformas de crowdfunding para apoiar iniciativas de interesse público.

Conclusão

O crowdfunding está a tornar-se uma ferramenta poderosa para a concretização de projectos em Portugal, permitindo que ideias inovadoras se tornem realidade com o apoio de uma comunidade global. Com a diversificação dos tipos de crowdfunding e a maior consciencialização das suas vantagens, o futuro deste mercado parece promissor.

No entanto, é crucial que tanto os criadores de campanhas como os financiadores estejam bem informados e preparados para maximizar o potencial desta ferramenta, garantindo que o crowdfunding continua a crescer como uma forma viável e sustentável de financiamento em Portugal.