Armindo Neves, o veterano motociclista multicampeão nº 123

26
Jan
2021

 

 

Empresário e radialista, pilotou motos, mas também fez ralis de quatro rodas. As suas façanhas não se limitaram às duas rodas e vinha somando participações e vitórias nas pistas nacionais e internacionais desde 1989.

Armindo Neves nasceu em Avis, Portalegre, mas viveu toda a sua vida em Santiago do Cacém distrito de Setúbal.  Em 2010, disputou o Rally de Portugal do Campeonato do Mundo de Ralis ao lado de Filipe Serra. Em 2019 venceu o Troféu Nacional de Veteranos no Campeonato Nacional de Todo-o-terreno. Armindo Neves também competiu em carros de rali, embora 2022 tenha marcado a sua primeira participação.

As fórmula 1 apostas online para o vencedor do Rally de Portugal, Africa Eco Race e Dakar são inúmeras e os prognósticos centram-se sobretudo no vencedor de cada etapa, estas podem ser efetuadas também através de dispositivos móveis e potenciados com a utilização de bónus diversos.

 

 

 

 

Apaixonado pelas fortes emoções do deporto motorizado 

Como muitos pilotos de rali, o número 123, sonhou em completar o percurso Dakar na sua moto SWM RS 500, adaptada para o árduo terreno do Africa Eco Race, mas circunstâncias infelizes levaram esse sonho a um fim prematuro. Apesar da quase obsessão pela adrenalina o piloto tinha as suas prioridades bem definidas. Para ele, na vida, “O mais importante é sem dúvida a Família, os amigos e todas as relações que vamos construindo ao longo da nossa vida. No final isso é o que verdadeiramente conta. E quem ainda não descobriu isso, anda desatento”, segundo uma entrevista em 2020.

Mas, a 19 de outubro de 2022, ao quilómetro 443 da prova Bousaid-Tagounite, o motociclista português Armindo CARREIRAS NEVES  sofreu uma violenta queda já no final da etapa em Bousaid, na Túnisia, naquela que é considerada a mais importante prova todo-o-terreno, prova esta que ocorre também em Marrocos, Senegal e Mauritânia de 18 a 30 de outubro. O piloto alentejano cumpria o sonho de participar na maior prova de Todo-o-Terreno, mas acabou por não chegar ao Lago Rosa no Dakar como tanto ambicionava.

Embora rapidamente acompanhado e socorrido por dois médicos de helicóptero e um médico de carro na pista, o motociclista português não conseguiu ser reanimado. 

Participação na AFRICA ECO RACE

Com 52 anos, este experiente piloto participou pela primeira vez do AFRICA ECO RACE na sua mota SWM RS 500 em alternativa ao Rali Lisboa-Dakar que abandonou África devido a ameaças terroristas que passou a realizar-se na América do Sul. Segundo o piloto o seu sonho era participar nesta competição e chegar ao fim da prova. Lamentavelmente, o momento de maior ambição desportiva do piloto acabou por lhe ceifar a vida. 

Inscreveu-se para o desafio desportivo África Eco Race ainda no ano de 2019, consciente que este seria o maior desafio da sua carreira. Durante a pandemia tudo foi adiado. Neves preparava-se há 3 anos para a dura prova, uma das mais representativas competições Todo-o-Terreno. O treino para este desafio terá sido muito refletido, criterioso e exigente. A preparação física era diária por forma a garantir a melhor condição possível do piloto alentejano. 

 

 

 

 

De acordo com o comunicado do piloto: “É a maior jornada de todas aquelas em que apostei. Sempre fui um homem de projetos, de convicções, mas este é um bem pesado. Percebi isso depois de me ter inscrito e de ter de conciliar este difícil projeto com a minha atividade profissional. Mas, a pouco e pouco tenho conseguido levar tudo a bom termo, com a ajuda de amigos e de parceiros de longa data. A preparação aqui é muito a nível mental. Tenho de me levantar às 6h30 da manhã para poder fazer entre uma a duas horas de BTT. Chego a casa e tenho de me preparar para, às 9h30, estar a desenvolver a minha atividade profissional. É assim há pelo menos dois meses ininterruptamente. Nestes dois meses já perdi 7 quilos. Tenho noção que, por muita preparação que faça, será sempre pouco, mas sinto-me bem e motivado para o que me espera. O meu plano vai ser gerir com calma e tranquilidade dia a dia, para tentar chegar no final de cada etapa ao bivouac da melhor forma possível e sem registos de problemas de maior, para poder arrancar no dia seguinte”.

Do principado do Mónaco ao Senegal

A 14.ª edição do Africa Eco Race tinha 12 etapas e um dia de descanso. Nos dias 14 e 15, no Mónaco, aconteciam as verificações técnicas e administrativas. O dia 15 dava-se a cerimónia oficial de partida, no dia 16, a caravana cruzava o mar mediterrâneo e desembarcavam em Nador. 

Depois de realizadas as primeiras cinco etapas em Marrocos, os pilotos usufruíam de dia de descanso, antes de se defrontarem nas pistas e areias do deserto do Sahara mauritano. Foram sete etapas a disputar na Mauritânia e no Senegal, até à chegada ao Lac Rose, em Dakar. Este evento desportivo, muito badalado nas apostas online é também sobre sustentabilidade ambiental, recorrendo a energias alternativas, financia projetos sustentáveis, como a plantação de árvores na Mauritânia ou a criação de umA central solar.