Este é um livro acessível sobre “a casa”. Tem cores e relevo, letras grandes e texto em Braille para ser lido também por crianças cegas ou com baixa visão.
Este livro é para crianças entre os 6 e os 10 anos - em início das aprendizagens da leitura, da comunicação visual, e do estudo sistemático do meio físico e cultural. Queremos que esteja à mão de todas elas, na escola, na biblioteca ou numa livraria.
Fala sobre...
A casa que protege
A personalidade da casa
As componentes da casa
Como a casa funciona
O contexto e lugar da casa
Os vários tipos de casas
As casas do mundo, e
A casa imaginada.
A Trienal de Arquitectura de Lisboa está a fazer um livro sobre arquitetura para toda a gente mais pequena. Um livro para ver, ler e sentir de maneiras diferentes. Assim como a arquitetura não é só para ver, mas para viver! - está presente em todo o lado e em todos os momentos das nossas vidas.
Com ajuda da Prateleira-de-Baixo, descobrimos álbuns engraçados que mostram a arquitetura de formas variadas. Constatámos que, no território nacional, a oferta de livros apelativos para crianças cegas ou com baixa visão, é muito escassa e quase nunca se encontra numa livraria.
Lançámos as mãos à obra e escrevemos a história. As ilustrações são do Planeta Tangerina e a conceção tátil da Locus Acesso. Com uma linguagem de fácil compreensão, o livro introduz noções sobre o ambiente construído às crianças, e é uma ferramenta para a sensibilização em família ou ambiente escolar. Este livro apoia também na aprendizagem da leitura de imagens táteis para a formação de uma cultura visual para crianças cegas.
Um livro acessível, tátil, é muito dispendioso de produzir, pelo custo das técnicas de alto-relevo. É também por isso que são raros. Um financiamento parcial da Direção Geral das Artes revelou-se insuficiente para ser possível praticar preços acessíveis para o público e oferta de exemplares a instituições e escolas de Referência no domínio da visão.
É esse o motivo do nosso apelo ao vosso apoio, para numa livraria o PVP não ultrapassar os 30€ ou ser mais baixo ainda.
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Como é composto:
- Para melhor ser lido com as mãos, o formato do livro é A4 ao baixo;
- Tem 40 páginas, incluindo capa, guardas e miolo;
- As folhas são em papel encorpado de qualidade, aprazível à vista e à experiência do toque, para boa gravação do Braille e cunhagem do relevo texturizado;
- Nas guardas e miolo, 19 páginas são de texto em fonte acessível aumentada e em Braille, e 19 são de ilustrações com cores contrastadas, para que as formas sejam distintas, às quais se sobrepõem as ilustrações em alto relevo, para a leitura pelo tato;
- A capa cartonada, impressa a cor, tem também alto relevo e Braille. As folhas são alceadas com espiral metálica dupla na lombada para ser fácil de manusear.
A tiragem é de 1500 exemplares.
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Pensar e praticar a ilustração visual e táctil, para comunicar a arquitetura, é um desafio tremendo e emocionante. E este é um projecto ambicioso que vai trazer a Portugal o Estado da Arte da produção de livros tácteis. Que seja um passo para muitos!
Faça parte desta missão e apoie esta causa com a sua doação para a produção deste livro acessível de arquitectura para crianças. Obrigada!
Trienal de Arquitectura de Lisboa
Chegou o 1º exemplar - no dia da criança!
Saiu hoje de manhã da gráfica. Folhas nas argolas, em capa dura, com sobrecapa a cor e também relevo e Braille. É uma emoção muito grande!
Novidades de festejo e envios muito em breve.
Obrigada pela confiança e paciência.
Pela equipa da Trienal de Lisboa, um até já.
😘
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Trienal de Arquitectura de Lisboa
A afinar detalhes nos acabamentos
Novidades:
Folhas impressas e furadas; Braille em impressão e as chapas das ilustrações em fabrico.
Para ficar mesmo bem, com os melhores acabamentos, precisámos de fazer mais uns ensaios para a capa.
Faltava resolver a situação do miolo (as folhas no interior do livro) descair para fora da capa por a encadernação ser em argolas (uma opção mais acessível e fácil de manusear ). Ensaiámos usar um elástico para proteger as folhas quando se guarda o livro numa estante, mas como temos sobrecapa esta solução não funciona, e o ensaio confirmou-o. A Maiadouro lembrou-se de fazer a capa maior na parte de baixo para cobrir a altura que descai. E aumentando também para cima, a lombada fica com altura suficiente para caber o título em Braille!
A outra situação é a fragilidade da sobrecapa e garantir que se vai manter no lugar. O livro tem de ter sobrecapa para o Braille e relevo da ilustração não ficarem escondidos nas páginas do interior. A Yara sugere fazer a sobrecapa maior, tipo poster dobrado numa espécie de 'manga' em que a capa fica enfiada. A sobrecapa fica também muito mais robusta. Mas mais a produção será mais cara. Aguardamos saber quanto para avaliar o custo benefício.
Falta pouco, está quase.
P.S.
Por entre os compassos de espera entre ensaios e resolver detalhes do livro, a Trienal mantém a sua actividade e acolhe no Palácio Sinel de Cordes a exposição "Fertile Futures - Futuros Férteis" que foi a representação oficial de Portugal na muito conceituada Bienal de Arquitectura de Veneza 2023. Vale a pena experienciar numa visita livre (gratuita), num sábado de visita guiada, ou em família em oficina. Na Cafetaria, o The Food Temple delicia as nossas ganas veganas!
De terça a sábado até 27 de Abril de 2024 (12h —18h30)
Para saber mais é só visitar o nosso site em https://www.trienaldelisboa.com/
Filipa Tomaz
Coordenadora Serviço Educativo
Trienal de Lisboa
Campo de Santa Clara 142, PT 1100-474 Lisboa
T. +351 961 414 306 | + 351 213 467 378
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Trienal de Arquitectura de Lisboa
Livro Acessível : ponto de situação para lançamento
Caríssimas e caríssimos,
“Já falta pouco. Está quase." Este quase é uma pequena parte do quase tudo que é novidade em fazer um livro com estas características especiais.
- O que está executado: a impressão a cor das ilustrações e o texto a preto.
- O que está em execução: a impressão/cunho do texto em Braille.
- O que falta pouco: a impressão/cunho do relevo das ilustrações tácteis; o grande desafio deste projecto, tanto na concepção como na técnica. A afinação fina exige muita paciência. Na gráfica fazem-se pequenos ajustes sucessivos ao encaixe das chapas de zinco na máquina que vai cunhar, uma a uma, as ilustrações dos 1500 exemplares.
Ficam algumas fotos de registo de documentação do processo:
-> Maqueta de encadernamento
-> Ensaio de relevo de uma ilustração
-> Frente de ilustração com relevo
-> Verso de ilustração com relevo
-> Sobreposição de ilustração a cor e desenho de vectores
Respiramos fundo durante esta afinação fina para atingir o resultado exigido. Pedimos mais uma vez compreensão e paciência. “Já falta pouco. Está quase”.
Obrigada pela confiança e apoio.
Até muito em breve.
Em nome de toda a equipa da Trienal de Lisboa, um bem hajam.
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Trienal de Arquitectura de Lisboa
Escrevemos para vos dar
Escrevemos para vos dar notícias sobre o livro "Uma casa é uma montanha é um chapéu" e o estado em que se encontra a sua produção, alvo da vossa atenção e apoio.
Antes de mais, queremos partilhar convosco que o livro foi finalista dos Prémios New European Bauhaus 2023!!! De entre as mais de 1450 candidaturas, foram selecionadas 61 iniciativas - seis delas de origem portuguesa - finalistas a 15 prémios. O livro destacou-se na vertente “Education Champions” por ir ao encontro dos valores deste programa da União Europeia que promove um mundo que transborde beleza, construído de forma sustentável e inclusiva. A cerimónia de anúncio e entrega de prémios pela comissária europeia para a coesão, Elisa Ferreira, decorreu na passada quinta-feira no evento ‘New European Bauhaus in Regions and Cities’ que se realizou em Bruxelas a 21 e 22 de Junho de 2023. Estivemos lá, e apesar de não receber o prémio, recebemos muitos elogios pela iniciativa da parte dos participantes e organização!
Queríamos muito que o livro já estivesse impresso e presente nas bibliotecas e nas bancas das livrarias. Mas ainda não está. A vossa pergunta é “porquê?” e de seguida explicamo-vos.
A complexidade e morosidade do desenvolvimento deste álbum, a nível imagético e de técnica, demonstrou-se enorme, pelas suas características singulares e experimentais, e por falta de exemplo precedente. A originalidade deste álbum ilustrado táctil e acessível, cujo objectivo é dar início e desenvolver a cultura visual das crianças cegas ou com baixa-visão de forma integrada e inclusiva, tem uma abrangência que acreditamos valer o tempo de execução. Nas linhas abaixo, contamo-vos o que foi acontecendo ao longo deste último ano.
O traçado dos desenhos em linhas, para a produção das matrizes que permitem fazer a cunhagem do relevo, foi terminado. A concepção táctil deste livro, da Fátima Alves da Locus Acesso, foi essencial neste processo, sendo a aplicação e resultado deste conhecimento técnico tão especial aquilo que diferencia este livro, tornando-o único.
A maquete táctil completa, com todas as ilustrações do livro, realizada com apoio do Laboratório de Fabricação Digital da Câmara Municipal de Lisboa (Fablab LX) e da sua entusiasta equipa, resultou numa pequena obra de arte, feita de forma semi-artesanal.
Usámos placas de acrílico que foram cirurgicamente desbastadas, linha por linha, por uma impressora 3D. Em seguida, aproveitámos o baixo-relevo resultante e calcámos uma folha de papel espessa. Esta técnica permitiu revelar, do outro lado dessa folha, as linhas e superfícies de uma selecção dos desenhos originais da Yara Kono, da Planeta Tangerina.
Assim, foi-nos possível ter uma maqueta para identificar problemas de leitura que puderam ser resolvidos, antes de lançar os desenhos finais para a gráfica. Foram realizadas múltiplas afinações com testes de espessuras e acertos de afastamentos entre cada linha e mancha - um trabalho dedicado que exigiu uma articulação intensa, ao longo deste último ano, da parte do três elementos desta equipa - Trienal, Locus Acesso e Planeta Tangerina. As matrizes em acrílico e a maquete foram expostas no Fablab LX, no passado dia 1 de Julho, por ocasião do 10º aniversário deste laboratório de fabricação digital.
Em seguida, foram realizados ensaios técnicos de cunhagem, em diversos tipos de espessura de papel, pela gráfica Maiadouro, de forma a garantir a qualidade de leitura dos desenhos em relevo e do livro enquanto objecto táctil. Foi muito emocionante ver estes resultados!
Em paralelo a este processo fomos abrindo portas em algumas acções para atrair o público-alvo e potenciais parcerias. Apresentámos o projecto e as matrizes produzidas à Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes (que é cega), que em reconhecimento do trabalho desenvolvido disponibilizou a chancela da secretaria.
No final do ano, e integrada na programação do pólo cultural do Palácio Sinel de Cordes, fizémos uma mostra do processo de desenvolvimento com maquetes impressas (ilustração a cor, desenho vectorial e alto-relevo), e experiências de cunhagem com as matrizes do livro. Ao longo da tarde, lançou-se um conjunto de desafios, como a identificação de objectos e interpretação pelo tacto ou o desenho sem recurso à visão.
Por fim, durante a mais recente edição do Open House, explorámos a maquete do livro na visita-oficina ao Atelier-Museu Júlio Pomar, evento durante o qual as crianças que participaram produziram uma série de desenhos de elementos arquitectónicos em relevo, que foram em paralelo interpretados tactilmente por pessoas cegas. Um momento deveras especial!
Planeamos acompanhar o lançamento editorial e distribuição do livro com acções de formação para profissionais de educação e oficinas lúdico-pedagógicas para famílias e escolas, de forma a passar este conhecimento que adquirimos ao longo de tal processo tão enriquecedor a quem tenha interesse, e a expandir o potencial da leitura táctil a professores, mediadores e público em geral.
Voltaremos a dar-vos novidades muito em breve.
Obrigada pela confiança e vosso apoio!
Pela equipa da Trienal de Lisboa, um até já.
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