Aos 80 anos, Joaquim Alberto relembra a sua vida de luta anti-fascista. Retrato de uma vida repleta de episódios que acompanham os momentos mais marcantes da vida política nacional e internacional.
Sinopse
Joaquim Alberto, hoje já nos seus 80 anos, foi um rebelde à margem da sociedade. Jovem seminarista, foi expulso do seminário, emigrou para França, viveu o Maio de 68, aproximou-se da organização de luta armada LUAR, foi preso numa travessia a salto entre Espanha e Portugal e passou o 25 de Abril de 1974 preso em Espanha. De volta a Portugal, no pós-25 de Abril lidera a cooperativa agrária Comunal em Árgea, luta pelo desenvolvimento da sua terra Riachos. A vida de um homem cheia de ebulições.
Nota de Intenções do Realizador (Bruno Teixeira)
O filme começou com o foco na emigração clandestina de Joaquim Alberto, uma personagem que conheci durante a rodagem do meu filme de mestrado, "Ecos da Vermelha". A vida de Joaquim, incluindo as suas experiências em Paris durante o Maio de 68, revelou-se fascinante, motivando-me a expandir o projeto.
Joaquim Alberto Lopes Simões tem uma trajetória rica, desde os tempos no Seminário dos Olivais nos anos 50, passando pela emigração para França, a participação na LUAR e a sua prisão em Espanha, até à Revolução Agrária em Riachos. A sua vida é um retrato vivo dos tempos da ditadura e pós-revolução em Portugal, refletindo a luta contra a repressão e o apoio às causas humanitárias.
Este filme é importante para preservar a História, oferecendo às gerações mais jovens um testemunho direto do nosso passado, para que compreendam melhor o presente e evitem a repetição de uma ditadura fascista. Este documentário aborda temas importantes da nossa História do século XX, como a LUAR, que merecem um maior reconhecimento.
Este documentário é uma produção do Cineclube Vilafranquense:
Realização: Bruno Teixeira
Direção de Fotografia e Correção de Cor: Nicoleta Toma
Direção de Som: Rafael Pires
Montagem: António Rosa Ramos