A Rede de 8 de Março convoca, como fizemos em 2019, a Greve Internacional Feminista em 2020.
As mulheres estão e continuarão em luta!
No dia 08/03/2019, 30 000 mulheres fizeram história ao sair à rua de Norte a Sul do país em pelo menos 13 cidades, gritando e exigindo condições dignas para todas e todos.
Mas o trabalho não está todo feito. Não acordámos no dia 9 de Março de 2019 com os problemas resolvidos.
As mulheres continuam a não ter justiça nos tribunais, continuam a ser as que mais morrem em contexto de violência doméstica, como são exemplos os 20 feminícideos que já ocorreram no país até ao momento.
Por isso, exigimos a criação de um Observatório Nacional de Violência contra a Mulher, exigimos o reconhecimento do crime de feminícideo. Prisão efetiva para os agressores e apoio para as vítimas de violência doméstica que de facto permita uma libertação plena e digna do agressor. Não aceitamos que sejam as mulheres a ter que abandonar a sua casa, muitas vezes com filhos enquanto o agressor mantém todas as suas regalias e privilégios.
Continuam a ser as mulheres que têm o papel de cuidadoras do lar, dupla e tripla jornada de trabalho não pago e invisibilizado.
08/03/2019
A partir do dia 4 de Novembro de cada ano, as mulheres estão a trabalhar gratuitamente, por conta da diferença salarial.
Por isso, exigimos a socialização das tarefas domésticas, com a criação de uma rede nacional de creches, lares de terceira idade e lavandarias e cantinas públicas acessíveis a todas e todos.
São as mulheres que mais são exploradas através da sexualização do consumo. Vemos os nossos corpos explorados para fins de marketing ao mesmo tempo que somos um nicho de mercado para produtos desnecessários e/ou sobrevalorizados.
Por isso, exigimos a gratuidade dos produtos de higiene feminina e sanções para empresas que utilizem a objetificação do corpo feminino para venderem os seus produtos.
Queres saber mais sobre nós e as nossas propostas, lê o nosso manifesto!
https://grevefeminista.wordpress.com/manifesto-greve-feminista/
A Greve Internacional Feminista está convocada para 2020.
Em Portugal e por todo o mundo, as mulheres juntam-se numa só voz para resistir ao machismo, ao racismo e lgbtfobia e para dizer: SE AS MULHERES PARAM, O MUNDO PÁRA!
08/03/2019
Sobre o promotor
A Rede de 8 de março foi criada em um clima nacional e internacional da revolta das mulheres, em resposta à Greve Internacional Feminista, iniciada na Polónia em 2016, onde as mulheres lutavam por salário igual por trabalho igual; em apoio às companheiras do Estado Espanhol e à "Huelga feminista" que em 2017 pararam o país inteiro, com milhões de mulheres e homens lutando pela igualdade em quatro aspectos principais da vida das mulheres; após a luta na Argentina pela legalização do aborto; dos movimentos #NiUnaMenos e tantas outras iniciativas emancipatórias das mulheres e seus direitos que surgiram em todo o mundo. A Rede de 8 de março reúne uma série de feministas, anti-racistas, direitos LGBT e imigrantes e associações anti-precárias. Reúne muitas pessoas, bem como vários movimentos sociais, coletivos e partidos políticos.
Estamos representadas em Albufeira, Amarante, Aveiro, Braga, Chaves, Coimbra, Covilhã, Évora, Fundão, Lisboa, Porto, São Miguel, Vila Real e Viseu e convocamos a Greve Internacional Feminista de 8 de Março em Portugal.
A Rede origina-se na organização da Marcha pelo Fim da Violência contra a Mulher, realizada em 25 de novembro de 2011, e foi consolidada a partir da promoção do mega-festa feminista, que ocorreu em 9 de março de 2011. 2012, no ZDB (Lisboa), no qual celebramos a luta feminista, convidando mulheres artistas de vários quadrantes e reunindo centenas de pessoas.
A Greve Feminista é uma proposta feita pelo movimento feminista internacional, que pede a greve das mulheres como forma de protesto e revolta diante de situações precárias e de violência que invadem nossas vidas. É o maior movimento mundial de desqualificação social das mulheres nas últimas décadas, acontece no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
É convocada uma greve que transcende o significado tradicional - a greve do trabalho - para estendê-lo à esfera da reprodução social, à esfera do cuidado doméstico e familiar, bem como à vida estudantil e à sociedade de consumo. A Greve Internacional Feminista visa unir mulheres de todo o mundo, construindo redes de solidariedade, apoio e aprendizado transnacionais.
08/03/2019
Orçamento e Calendarização
Os fundos angariados serão aplicados na preparação, divulgação e concretização da Greve, com vista a que este segundo ano seja ainda maior.
Queremos garantir que fazemos todos os esforços para que enchamos as ruas do país em 2020, para termos ainda mais sindicatos a fazer pré-aviso de greve e para que durante o resto do ano consigamos manter ativa e interventiva.
A descentralização para além dos centros urbanos como Lisboa e Porto das atividades da rede (que culminarão na Greve de 2020), está dependente da disponibilidade pessoal das nossas companheiras de poderem deslocar-se a todos os pontos do país de Norte a Sul para divulgar.
Perspetivamos o futuro de Rede 8 de Março como uma plataforma feminista nacional com núcleos por todo o país, cujo o trabalho vá para além o dia 8 de março de cada ano, onde qualquer pessoa individual, associação, organização ou coletivo possa contribuir para a sua construção.
Tentamos reunir nacionalmente numa regularidade trimestral. Os nossos encontros nacionais, para além se serem a ferramenta basilar de tomada de decisão desta plataforma, são os momentos de partilha e de estreitamento de relações entre companheiras de todo o país, de elaboração política e de aprofundamento teórico. Para nós é fulcral garantir que todas nós conseguimos participar, sem que isso dependa da disponibilidade económica de cada uma.
O teu apoio à Rede 8 de Março é fundamental para que consigamos fazer face às despesas que decorrem da nossa ação: desde os panfletos e faixas até à divulgação nos media, às deslocações, ao aluguer de espaços, passando pelas questões de logística, tudo envolve dinheiro e é essencialmente nestas áreas que iremos aplicar os fundos angariados através deste crowdfunding.
Compreendendo que os esforços monetários são multiplicados pelos núcleos que já temos e que almejamos ter no futuro, esta é a planificação que fizemos para a grande temporada que de avizinha até o 8 de Março:
- Telas/faixas: €32 por unidade (€384 para os núcleos já existentes). Aqui pretendemos que seja dada a visibilidade aqueles que são os temas e as datas mais sensíveis para as mulheres, como a diferença salarial – as mulheres trabalham gratuitamente a partir do dia 05 de Novembro até ao final do ano; o dia contra a violência contra a mulher a 25 de Novembro e o dia 14 de Fevereiro, sendo uma data importante para uma campanha a nível nacional contra a violência doméstica e a violência no namoro.
- Para cada uma destas atividades pensamos criar pulseiras de pulso próprias para cada data/pauta. Os valores para esta campanha serão de €135,50 por cada 500 unidades.
- Bandeiras: €55,87 por unidade (€1340 por 2unidades por núcleo existente)
- Panfletos/flyers/cartazes (que são uma das melhores formas de contacto): 5.000 unidades - €150. Estes panfletos são impressos em quantidades elevadas. Nestes valores também estão incluídos autocolantes.
- Os nossos lenços que se tornaram o nosso símbolo identitário têm um custo de produção de €130,50 por cada 150 unidades.
- Dentro de custos variáveis encontram-se promoção de eventos, aluguer de sistemas de som e projeções de filmes e/ou documentários, aluguer de espaços públicos para eventos, financiar deslocações de oradores, etc.
Façamos com que o sucesso da Greve Internacional Feminista aqui em Portugal esteja somente dependente da nosso força e vontade de vencer!
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