Notícias do mundo PPL
Não abandones os teus apoiantes
Quando é que termina uma campanha de crowdfunding? Quando a publicamos? Quando atingimos o objetivo? Não.
Quando entregamos as recompensas aos nossos queridos apoiantes!
Sabendo que sem a sua confiança e generosidade, nada teria sido possível, esta é a oportunidade ideal para preparar algo especial. Se a recompensa é um livro, porque não escrever uma dedicatória? Se oferecemos um frasco de doce, porque não juntar um bilhetinho escrito à mão?
As recompensas são o nosso grande momento para nos destacarmos do comércio tradicional, onde dificilmente haverá um contacto tão próximo entre quem produz e quem compra. Se queres um exemplo de tudo o que podes e deves fazer nesta fase, basta-te olhar para o excelente esforço de promoção que tem feito a Margarida, autora do livro "Para Onde Vão As Meias Que Desaparecem?"
Foi difícil, deu trabalho, mas no final, o livro foi produzido e enviado aos apoiantes.

Quantas vezes devemos insistir até conseguir?
Uma boa parte do que significa promover uma campanha resume-se a estabelecer contactos e pedir que nos apoiem. Sim, “pedir” e não “perguntar” pois a necessidade é real. Quando perguntamos a alguém se gostava de nos ajudar, já perdemos parte da força necessária para a convencer. Sejamos realistas: quem não chora, não mama. E num mundo onde tudo e todos choram ao mesmo tempo em busca de algo, o mais certo é estarmos a competir com a nossa voz baixa no meio de uma barulheira tremenda. Se temos medo de incomodar, se não queremos tornar-nos repetitivos, se temos como plano de divulgação lançar a campanha e ficar parados à espera que apareçam pessoas, mais vale arrumar a cana de pesca e voltar para casa.

Para conseguir um só apoiante, é seguro pensar que teremos de bater à porta de dez potenciais apoiantes. Outra estimativa é que vamos ouvir sete nãos antes de ouvir um sim. Há que contar com os nãos, estar acostumado a eles, e ainda assim tentar uma e outra vez, pois a próxima pessoa poderá ser o sim que financia a nossa campanha.
Mas isto não significa que devamos insistir com a mesma pessoa até que ela ceda e nos apoie. Existe uma fina linha que devemos atravessar até conseguir que alguém nos apoie pois de ambos os lados caímos no abismo. Um dos extremos é quase não tentar, o que nos transforma em figuras transparente e rapidamente esquecíveis. Falamos uma vez e esperamos dois meses parados à espera que a pessoa venha ter connosco. Não funciona. No outro extremo temos a pessoa que insiste e repete-se e chateia tanto que, justamente por isso, cria rejeição no público e também ela não consegue um único apoiante, talvez até ao contrário, consegue pessoas que secretamente anseiam pelo falhanço da sua campanha também não funciona.
Atravessar a fina linha necessita de capacidade de observação, saber ler a situação, o outro, o momento certo. Exige também sensibilidade para tatear o caminho e perceber por onde seguir e quais barreiras é melhor contornar. Finalmente, é obrigatória uma certa iniciativa e estratégia para alcançar a vitória (o apoio) quando a oportunidade se apresenta e é necessário alcançá-la.
Equity Crowdfunding: quais as próximas tendências?
O equity crowdfunding, ou financiamento colaborativo de investimento como é formalmente conhecido em Portugal, permite às startups mais promissoras angariar capital de muitos investidores de forma rápida e conveniente. O mercado mais maduro neste sector é o Reino Unido, com plataformas como a Syndicate Room, a Crowdcube ou a Seedrs (tendo esta última ajudado a financiar várias startups portuguesas).
Os exemplos de sucesso mais conhecidos de empresas que recorreram a este tipo de crowdfunding pertencem ao sector do Fintech (Revolut e Monzo, alguém?) e das cervejarias e destilarias artesanais. A Brewdog angariou cerca de 95 milhões de dólares até à data, graças a dezenas de milhares de investidores! Surpreendente? Na realidade demonstra o poder do crowdfunding, com o qual as empresas vão buscar investidores na sua comunidade de seguidores. Várias dezenas de iniciativas nestes sectores têm aproveitado a onda para angariar financiamento.

Próximas tendências
Este ano, a This, uma startup inglesa que produz substitutos de frango e bacon unicamente com ingredientes vegetais, chamou a atenção dos investidores e da comunicação social ao angariar mais de 4 milhões de libras em menos de 2 dias na Seedrs. Numa altura em que estamos cada vez mais consciencializados sobre os efeitos que o consumo de carne pode ter nas alterações climáticas, são várias as empresas que trazem novos produtos ao mercado, como a Impossible ou a Beyond Meat. Esta última está em bolsa desde o ano passado nos Estados Unidos.

Outra startup que usa a sua missão de reduzir a pegada ecológica para cativar os seus utilizadores e investidores é a Yayzy. Trata-se de uma app bancária, que mede a pegada carbónica de cada compra que realizamos, ajudando-nos a quantificá-la com mais precisão e a atuar em conformidade para minimizar ou compensar o nosso impacto ambiental. Quando faltam mais de 30 dias para o final da campanha, esta startup já conseguiu angariar mais de 100% do montante que pretendiam.

Numerosas fontes confirmam que os consumidores favorecem cada vez mais produtos e serviços de empresas com missões ambientais e sociais, tornando-se frequentemente embaixadores das suas marcas preferidas. O crowdfunding permite às empresas capitalizar essa lealdade, e aos consumidores investir nas empresas em que mais acreditam, algo historicamente reservado a investidores profissionais. Será interessante assistir à próxima geração de empresas com um propósito e, porque não, investir nelas!
Promotores que crescem connosco

É um prazer poder acompanhar como a Rupy continua a crescer. Desde a campanha lançada em Outubro do ano passado para financiar a criação do site e de novos brinquedos, que muito aconteceu: Criaram o Mipy (bonequinho de madeira), cubos de cortiça, o "ovo dentro do ovo", sólidos geométricos de madeira e, claro, uma página web espetacular!
Podes visitar a loja online e acompanhar as novidades no Facebook.
A PPL é esta ferramenta incrível, que permite unir uma pessoa com uma ideia à comunidade que a irá financiar. Simples, rápido e seguro. De que estás à espera para tirar essa ideia da gaveta?
A PPL junta-se à luta contra o Covid

Quando toda a sociedade civil se ergue para enfrentar a crise, quer produzindo máscaras e viseiras, quer reunindo comida, donativos, ou o quer que seja necessário para proteger os nossos heróis na linha da frente, também a PPL ocupa o seu lugar como plataforma de angariação de fundos de e para todos.
Visto que tempos excecionais exigem medidas excecionais a PPL criou um canal exclusivo para campanhas de angariação de fundos cujo objectivo seja apoiar directamente a luta contra o vírus, nomeadamente com material hospitalar, alimentação ou outra logística para os profissionais de saúde.
As campanhas deste canal estão isentas da comissão da plataforma (5% +IVA), permanecendo apenas as comissões de pagamentos, e mesmo estas foram reduzidas (2% +IVA) graças ao apoio de um dos nossos parceiros de pagamento, HiPay.
Aproveita esta oportunidade para suprir as necessidades que surgem ao teu redor. Com o apoio de todos, passaremos por esta dificuldade mais fortes e unidos que nunca.
PPL alia-se ao Giving Tuesday Portugal

3 de Dezembro é o dia de retribuir e o GivingTuesday vem Dar para Mudar! Arregaça as mangas e vem fazer parte de uma corrente solidária, presente em todo o mundo, que te permite apoiar as causas que te são mais queridas.
A PPL decidiu unir-se a este movimento e isentar as campanhas do GivingTuesday da sua comissão durante uma semana (de 2 a 8 de Dezembro). Assim, as instituições terão unicamente de pagar 2,5% (+IVA) de comissão para cobrir os custos dos meios de pagamento (PayPal, MBWAY, referência Multibanco, cartão de crédito e transferências bancárias). A partir de 9 de Dezembro, a comissão sobre os apoios recebidos será a habitual taxa de 7,5% (+IVA).
Todos os apoios serão transferidos às instituições, independentemente do montante angariado.
Ver campanhas do Giving Tuesday
Não fiques de fora! Vive o GivingTuesday e faz a diferença no mundo!
#GIVINGTUESDAYPT #DAPARAMUDAR
PPL na revista Visão - Das startups às doenças raras e agora ao simples "ao quero"
Já não são só as pessoas com as histórias mais tristes nem com as doenças mais raras que se sentem à vontade para pedir dinheiro na internet. O crowdfunding, inicialmente usado por startups em fase de lançar um negócio, está agora disseminado. Alimenta sonhos, realiza objetivos, ajuda a concretizar desejos. Entre o “eu preciso” e o “eu quero” há todo um mundo para descobrir.

Consultem o artigo no site da Visão ou no ficheiro aqui. Boa leitura!
Humans Before Borders e a campanha Salvar Vidas Não é um Crime
O HuBB - Humans Before Borders lançou a campanha Salvar Vidas Não é um Crime no dia 7 de Junho de 2019. O objectivo da campanha era angariar fundos para a representação legal e transportes do Miguel Duarte bem como de outros membros da tripulação do Iuventa (navio em que realizavam missões de busca e salvamento no Mar Mediterrâneo). Inicialmente, tivemos receio de, ao não atingir o total do objectivo, limitar muito o montante doado. Por esta razão, decidimos fixar o objectivo inicial de 5000€ (que ficava bastante aquem do valor que seria necessário para cobrir as despesas dos Iuventa10), sabendo que em caso de sucesso poderíamos sempre aumentar este valor inicial. No final da campanha, foram angariados 54 732€.
No que diz respeito à divulgação, o público-alvo era de uma forma muito geral o povo português. Além dos objectivos mais directos da campanha, era também nosso objectivo sensibilizar as comunidades locais para um problema que se passa a alguns kilometros de nós, nas fronteiras da União Europeia.
A campanha teve início no mesmo dia em que houve uma audiência pública sobre o caso do Miguel e sobre a criminalização da solideriedade, organizada pela então eurodeputada Ana Gomes na sede do Parlemento Europeu em Portugal. Algumas figuras presentes comprometeram-se a divulgar a campanha. Além desta ajuda, divulgámos a campanha através das redes sociais do HuBB, que foram posteriormente partilhadas por membros e seguidores. Realizámos tambem duas sessões de cinema com o filme Iuventa, em Lisboa no cinema Monumental e no Porto no Rivoli. À medida que a campanha ia sendo promovida em redes sociais, começou a ganhar mediatismo e recebemos muitos contactos para que o Miguel desse entrevistas a variadíssimos meios de comunicação, inicialmente nacionais como é o caso do Expresso, da revista Visão, da SIC Notícias, da TVI24, etc. e posteriormente também e meios de comunicação internacionais como é o caso da Al Jazeera e da Reuters. Assim, apenas parte da divulgação foi planeada, uma vez atingida a atenção mediática, a divulgação saiu do nosso controlo.
O principal desafio que tivemos foi mesmo o mediatismo que a campanha atingiu e a velocidade com que o conseguimos, que eram objectivos nossos desde o início, mas sendo todos voluntários no HuBB, foi-nos difícil gerir tantos contactos, responder a todas as dúvidas, comentários, pedidos de entrevistas, etc.
A melhor surpresa da campanha foi a acção política gerada pela pressão realizada através da campanha e da sua partilha por políticos, comentadores, jornalistas e associações.
Na nossa opinião o vídeo foi extremamente importante para o sucesso da campanha, pois consistiu num apelo directo às pessoas para esta causa. Foi-nos mais fácil chegar às pessoas através de um vídeo sincero gravado pelo próprio Miguel do que por um longo texto.
Em relação às recompensas, somos da opinião que não tiveram grande impacto no sucesso da campanha. Até porque, após contactar as pessoas eligíveis para recompensa, muitas disseram que não faziam de todo questão de as receber. Esta campanha chegou ao coração das pessoas e quem doou, foi por solidariedade ao Miguel e restantes membros Iuventa10, para que a própria solidariedade não se torne um crime e não para receber uma recompensa.
O que gosaríamos que nos tivessem dito antes de termos lançado a campanha? Talvez que nos tivessem dito que a campanha ganharia o mediatismo que ganhou em tão poucos dias, para nos podermos coordenar mais eficientemente e estarmos preparados para responder a tantos pedidos.
Se voltassemos atrás e pudessemos fazer algo diferente, não mudaríamos quase nada: apenas a nossa organização interna de resposta a pedidos e talvez uma página de FAQs.

Kitchen Dates: zero-waste na cozinha
A campanha de sucesso Kitchen Dates partilhou connosco a sua experiência com o crowdfunding. Esperamos que tenham ainda mais êxito com o seu restaurante sem caixote do lixo!
A nossa campanha de crowdfunding deixou-nos muito, muito satisfeitos. Ver tanta gente contribuir para tornar realidade um sonho nosso é algo verdadeiramente gratificante, que nos dá ainda mais força para encarar os desafios que temos pela frente. Abrir um restaurante sem caixote do lixo traz obstáculos um pouco invulgares, mas estamos prontos para pôr todos os nossos princípios em prática e mostrar que de facto é possível alcançar o desperdício zero.
No arranque da campanha decidimos organizar um evento que serviu não só para lançar a angariação de fundos, mas também para partilhar a notícia da abertura. Até então ainda não tínhamos tornado pública esta novidade e achámos que faria todo o sentido juntar as duas coisas, pois teria um impacto redobrado. Este evento atraiu amigos, família, pessoas que já tinham estado em eventos nossos e provado a nossa comida, seguidores nossos nas redes sociais e até meros curiosos que tinham sabido do evento e decidiram aparecer para descobrir do que se tratava.
Depois desse primeiro dia, usámos os nossos canais mais comuns de comunicação: a newsletter, o Instagram e o Facebook. Também fomos convidados a estar presentes em alguns programas de televisão e fomos notícia em jornais impressos e online. Pela dimensão que já tinha, o Instagram acabou por ser o canal mais importante.
O maior desafio, para nós, foi mesmo a gestão das recompensas. Tivemos pessoas a contribuir com um valor fora dos que estavam pré-definidos e ainda estamos a organizar toda a lista de apoios para garantir que toda a gente receberá a recompensa que queria mesmo ter.
O vídeo teve um grande impacto na divulgação da campanha. Por um lado, foi com a exibição do vídeo – durante o evento que organizámos – que revelámos a grande novidade. Por outro lado, a força do storytelling do vídeo torna a transmissão da mensagem mais eficaz e poderosa.
Sem dúvida que o mais surpreendente foi ver pessoas que (ainda) não conhecemos, pelo menos pessoalmente, contribuir muito generosamente para a campanha. Para nós é uma prova de que confiam mesmo no nosso trabalho e no impacto que poderemos ter.
Da nossa perspectiva, o facto de as recompensas associadas estarem sempre associadas a lugares em eventos nossos ou produtos tornou o apoio à campanha ainda mais apelativo. Não queríamos, no entanto, que fosse apenas uma pré-venda de produtos ou serviços. E por isso associámos, em todos os patamares, recompensas mais simbólicas que também façam com que as pessoas se sintam parte daquilo que estamos a construir. No limite, o espaço será tão nosso quanto delas.
A nossa experiência com a campanha não foi nada stressante nem nos deixou a pensar que devíamos ter feito as coisas de outra forma. Sabemos que poderíamos ter sido mais insistentes na divulgação, para angariar um valor mais elevado, mas estamos tranquilos com o resultado final e com tudo o que fizemos durante a campanha para passar a nossa mensagem e estimular a discussão sobre os temas que mais nos preocupam: sustentabilidade e alimentação saudável.

Pedalar pela Rafinha
O Carlos Gaspar é o herói da pedalada que todos os anos percorre o Caminho de Santiago de bicicleta. Como acredita que qualquer um que percorra o Caminho se torna melhor pessoa, desta vez tentou estender a melhoria à Rafinha, através de uma angariação de fundos para financiar um tratamento que traria benefícios significativos à vida desta menina.

A campanha foi um sucesso e contou com o apoio de 146 pessoas para superar o objectivo inicialmente imposto de 3600€. Como muito do crowdfunding se baseia na partilha, abordámos o Carlos para pedir-lhe um curto testemunho. Talvez dessa forma possam outros ciclistas seguir o seu Caminho.

Ao ser questionado sobre que canais de divulgação usou, o Carlos disse que usou e-mail, Facebook, jornais, revistas, rádio, cartazes, pequenos cartões, mas salienta que os que trouxeram melhores resultados foram o e-mail, a rádio e o contacto directo. Diz também que a importância de amigos, família e conhecidos foi fundamental, mas também os colegas de trabalho, pois no seu caso eram cerca de 3500 espalhados por todo o país.
Sobre os principais desafios que encontrou, afirma que foi a renitência por parte de alguns apoiantes ao método de pagamento não ser directamente ao promotor e por isso adiaram até ao final da campanha para apoiarem. Como maior surpresa durante a campanha, o Carlos aponta para a mobilização por parte de muitos formandos de centros de formação e de empresas que contribuíram em muito para o alcance do objectivo. Quanto ao vídeo, o Carlos considerou que é imprescindível pois tornou mais visível a campanha. Já as recompensas, achou que não eram muito importantes pois as pessoas apoiaram independentemente delas.
Agora que terminou, o Carlos pensa que teria sido melhor se tivesse tido mais contacto cara a cara e promovido sessões de divulgação junto de potenciais apoiantes. Muito obrigado Carlos Gaspar, bom Caminho, e até à próxima.

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