O África Mostra-se – Mostra de Cinema e Cultura Africana trata-se de um evento anual, que decorre em Lisboa desde 2011.
África Mostra-se ’14 – Diásporas Africanas
23, 24, 25, 29, 30, 31 de Maio e 1 de Junho - Lisboa
O África Mostra-se – Mostra de Cinema e Cultura Africana surgiu em 2010, fruto de uma vontade colectiva de criar espaço e de dar a conhecer criações artísticas provindas de África ou relacionadas, de alguma forma, com as culturas africanas. A sua primeira edição decorreu em 2011.
Pretendeu-se essencialmente criar uma mostra anual que promovesse o contacto entre o público e manifestações artísticas e culturais oriundas de todos os países africanos (e não apenas dos PALOP), a fim de dar a conhecer novas imagens e novas linguagens do continente. Interessou-nos, e continua a interessar-nos, o desenvolvimento de uma reflexão partilhada sobre o modo como o continente africano é percepcionado, de forma a combater a tendência, ainda generalizada, para a sua uniformização.
Ainda que a Mostra tenha sido projectada de forma a considerar o cinema como ponto central do evento, não desvalorizamos as outras áreas artísticas; muito pelo contrário, fizeram desde sempre parte da programação concertos, exposições de pintura e de escultura, espectáculos de teatro e de dança e apresentações de obras literárias, tendo sido promovidos, igualmente, debates, encontros informais entre a equipa, convidados especiais, o público e iniciativas com o objetivo de formar os participantes em áreas distintas.
Nestes 4 anos de existência foi-nos possível concretizar alguns dos nossos objectivos mantendo-nos auto-sustentáveis devido à entrega voluntária dos seus colaboradores, conseguindo erguer um evento respeitável e ainda angariar fundos para o projecto de voluntariado de cooperação para o desenvolvimento, Nô Djunta Mon, promovido pelo ISU – Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária. Devemos igualmente este sucesso a todos os artistas e aos fortes parceiros que confiaram no nosso trabalho.
À semelhança do que já acontece em vários outros países da Europa, queremos que o África Mostra-se seja uma referência no circuito dos festivais e mostras de cinema europeus sobre África. Temos como objectivo renovar as relações intercontinentais tendo como base a criatividade.
Prometemos desembrulhar novidades e oferecer uma experiência cultural surpreendente aos nossos espectadores, revelando a criatividade e o ponto de vista de quem vive, conhece e se interessa pelo continente africano.
Dado o compromisso que assumimos para com o público, a cidade de Lisboa e para com os criadores e agentes culturais africanos, necessitamos de apostar, todos os anos, numa oferta cultural e artística, renovada e actual sendo, para isso, imprescindível o apoio de todos nós!
O orçamento quase inexistente que disponibilizamos, não nos permite oferecer ao público tudo aquilo que desejávamos e que ele tanto merece. Esta campanha é, assim, uma oportunidade para conseguirmos reunir parte dos fundos que necessitamos para pagar os artistas que gostávamos de contar nesta edição. Por outro lado, queremos trazer filmes internacionalmente reconhecidos (muitos dos quais nunca estrearam em Portugal!) e que acreditamos ser uma mais-valia para o nosso público pela sua qualidade e pertinência. Filmes oriundos de diferentes pontos do Mundo e que se debruçam sobre o tema da edição deste ano: Diásporas Africanas.
Sabemos que, contado convosco, vamos conseguir mostrar o que de melhor se faz em África nesta quarta edição do África Mostra-se!
Sobre o promotor
O África Mostra-se – Mostra de Cinema e Cultura Africana é promovido por um grupo de 9 elementos de diferentes áreas profissionais e artísticas, que reúne voluntariamente os seus esforços, dedicação e empenho para a concretização e continuidade do evento.
Neste momento, o grupo encontra-se num processo de constituição da Zebra - Cooperativa Cultural, sendo o África Mostra-se uma das suas actividades-chave.
Para além dos elementos que formam a equipa fixa do África Mostra-se, a Mostra contou desde sempre com o apoio imprescindível, incansável de vários outros voluntários que tão gentilmente ofereceram o seu trabalho, por paixão e amizade ao projeto.
Ângela Cunha
Licenciada em Engenharia de Telecomunicações e Informática e mestre na mesma área pelo ISCTE-IUL. Trabalha desde 2013 na Truphone na posição de engenheira do centro de operações da empresa. A sua experiência profissional passa, não só, pela área de telecomunicações mas, também, pela consultoria (estágio profissional completado na consultora Capgemini) na vertente de programação. No percurso universitário, para além de breves trabalhos como promotora e hospedeira de eventos, foi um dos membros fundadores do NEAF (Núcleo de Estudantes Africanos).
Eduardo Cunha
Licenciado em Cinema, teve a seu cargo a produção executiva de curtas-metragens e documentários. Trabalhou em festivais como Lisboa Lírica, Festival de Ópera de Óbidos, DocLisboa, Temps d'Images e FATAL. Em 2006, envolve-se com o ISU, tendo sido seleccionado para o projecto de voluntariado na Guiné-Bissau – Nô Djunta Mon. No âmbito das actividades de financiamento do ISU, começa a desenhar a primeira edição do África Mostra-se (2010), no qual assume a responsabilidade de direcção artística. Faz ainda uso da sua formação académica para a criação de conteúdos vídeo e manipulação criativa dos mesmos, trabalhando com diversos artistas visuais, colectivos e músicos, nomeadamente: Oskar&Gaspar, O Manipulador, Andrew Jones, VJ Squad, Droid id, Carlos Barretto, Marco Martins, Vitalic, entre outros.
Guilherme Mira Godinho
Licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos na Universidade Nova de Lisboa, começou na Faculdade a colaborar na organização e produção de diversos eventos de âmbito cultural. Foi colaborador da Bulhosa na área do apoio à Edição. É actualmente Animador Turístico na Eco-Tuk-Tuks, estando responsável pela dinamização de visitas culturais maioritariamente na zona histórica de Lisboa, e colaborador da revista Vice na área do Cinema e da Música. Desde cedo procurou desenvolver as suas competências aprofundando de forma permanente os seus conhecimentos na área da música, fotografia e cinema, tendo estudado música e concluído já em adulto um curso livre de escrita para cinema.
Hélder Lopes
Licenciado em Línguas, Literaturas e Culturas Comparadas pela FLUL e detentor de uma pós-graduação em Tradução (especialização em inglês) pela FCSUL. Trabalha, desde 2012, como tradutor freelancer, tendo colaborado na tradução, para inglês, da peça de teatro “Contos em Cabo Verde”. Em 2010, trabalhou como docente de espanhol no Agrupamento de Escolas Fragata Tejo, na Moita (2010). É ainda voluntário na ILGA Portugal, colaborando em traduções de cariz jurídico e informativo, no registo fotográfico e no apoio à organização de eventos. Foi através da fotografia que deu início à sua colaboração com o África Mostra-se. Actualmente reside em Manchester (Inglaterra) e está a desenvolver uma tese de mestrado cruzando o teatro, a tradução e a censura no Estado Novo.
Isabel Moura Mendes
Programadora Artística & Consultora de eventos e festivais luso-cabo-verdiana residente em Edimburgo, formada em Jornalismo e Comunicação Social. Nos últimos três anos, especializou-se em cinema africano e colaborou na programação de festivais como o Africa in Motion Film Festival (AiM), na Escócia, o FilmAfrica em Londres, entre outros. Ao longo da sua carreira, tem participado numa série de programas de artes, de formação cinematográfica e de intercâmbio entre os EUA, Europa e África. Actualmente está a desenvolver a sua própria iniciativa de cinema africano a nível internacional, a ser implementada em todos os países africanos de língua portuguesa. No âmbito do África Mostra-se desempenha funções de Programadora Artística e Consultora.
Kris Haamer
Detentor de um bacharelato em Audiovisual Media pela Baltic Film & Media School e candidato ao Mestrado em Crossmedia Production, oferecido pela Tallinn University. Apesar de ter nascido na Estónia, Kris Haamer tem viajado por todo o Mundo, residindo, actualmente, em São Tomé e Príncipe onde se encontra a co-produzir uma extensão TEDx e a desenvolver trabalhos relacionados com o seu projecto Wê. É ainda director de produção de transmedia, exercendo serviços de consultoria nas áreas de tecnologia, cinema, arte e indústria da moda. É membro do África Mostra-se desde 2013 trabalhando como elemento de ligação com o mercado internacional através da promoção da Mostra em festivais de cinema e de contactos com realizadores estrangeiros.
Sara Peres Dias
Termina a Licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais, Universidade Nova em 2007, sendo hoje mestranda do Departamento de Economia em Desenvolvimento e Cooperação Internacional, no ISEG. Desde 2007 tem trabalhado em várias ONGD coordenando projectos na área da Cooperação para o Desenvolvimento com enfoque na área da Educação, actualmente é responsável pelo Projeto Radar, na área da formação para estudantes e profissionais de comunicação social e produção de conteúdos jornalísticos e documentais sobre as temáticas globais. Integra ainda vários grupos de trabalho na área da Cooperação. É parte da equipa do AFM desde a sua primeira edição.
Sara Santana
Licenciada em Estudos Artísticos - Artes do Espectáculo, pela FLUL, e mestranda de Gestão e Estudos da Cultura, na especialização de Gestão Cultural, no ISCTE-IUL, encontrando-se a desenvolver uma dissertação sobre as Políticas Culturais na Guiné-Bissau. Trabalha, desde 2009, na área de produção e programação cultural, tendo passado pelos festivais de artes performativas alkantara festival (2010) e Escrita na Paisagem (2012). A sua experiência musical permitiu-lhe leccionar aulas de Formação Musical no ensino pré-escolar e 1º ciclo. Foi, também, formadora de animadores comunitários e de professores em Dinamização Comunitária, Metodologia de Projeto e Métodos de Ensino, na Guiné-Bissau, no âmbito do Nô Djunta Mon (2011). Trabalha, desde 2012, na Background – Serviços Profissionais de Produção, estrutura que presta apoio à produção artística nacional e internacional, e desde 2011, como coordenadora de produção no África Mostra-se.
Tiago Cortez-Pinto
Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Católica de Lisboa, terminou os seus estudos em 2008. Trabalha, desde 2008, na indústria audiovisual, mais especificamente na edição de vídeo, tendo frequentado vários cursos de formação técnica especializada nesta área dominando as ferramentas mais recentes de edição. Trabalhou em diferentes projectos dos quais se destaca a experiência de dois anos na Jeunesse Musicales Internacionales em Bruxela, utilizando a cultura e a música como ferramentas de empowerment. Participou no projecto de cooperação Nô Djunta Mon, na Guiné-Bissau, em 2008, sendo desde essa altura voluntário e formador no ISU. Trabalha neste momento em Lisboa para uma empresa canadiana na área da edição e captação vídeo, mantendo a sua produção enquanto free-lancer para diferentes clientes regulares. É, desde 2010, membro da equipa do África Mostra-se, coordenando a área da captação vídeo da Mostra.