Peça baseada em factos verídicos, inspirada na história real de Donald Crowhurst, destemido aventureiro que se propôs a concretizar a SUNDAY TIMES GOLDEN GLOBE RACE, First Non Stop Single-Handed Round-The-World Yacht Race.
Esta ambiciosa aventura é, no fundo, um dos melhores exemplos da procura de respostas práticas e existenciais que o Homem busca enquanto "Ser" capaz de imaginar, expondo-o no extremo do seu medo, da sua moralidade e da sua derradeira escolha.
"Um homem. Um barco. Um mundo. São estes os 3 vértices de um triângulo que se explica com uma viagem de um homem só à volta do mundo sem paragens nem abastecimentos. O mundo estava em processo de mudança. Corria o ano de 1968. Com ele acontecimentos como a guerra do Vietnam ou a primeira bomba de hidrogénio. A nível tecnológico, é fundada a Intel e lançada a Apollo 8. O Homem começava a testar os seus limites. Faltava uma prova. Donald Crowhurst era um velejador de fim-de-semana, mas teve um sonho. Ganhar a primeira volta ao mundo de um homem só. Partiu no mesmo dia em que acabava a guerra do Vietnam. 31 de Outubro. As contrariedades foram muitas e cedo percebeu que não passaria de um sonho. Contornou o sistema para escapar com vida. Rumou ao Brasil onde esperou que todos os participantes ainda em prova por ele passassem. Esperou. Só ele e o mar. Não contou que no momento em que lhe dissessem que o sonho se concretizara, os seus fantasmas ganhariam proporções maiores que a sua própria vida. O relato de mais do que apenas uma viagem de 243 dias." Hugo Barreiros
No momento em que decidiu ser um dos participantes na primeira viagem-de-um-homem-só à volta do mundo, Donald Crowhurst não tinha fundos suficientes que lhe permitissem fazer a viagem. Na altura foi falar com investidores que o apoiaram nessa decisão. 45 anos depois a história repete-se. Desta vez, um Colectivo Artístico com o nome Kind of Black Box seguiu as pegadas deixadas por Donald e decidiu falar com investidores que se associem a esta aventura.
A Kind of Black Box tem procurado, ao longo do seu historial, dar a conhecer ao público em geral novos valores artísticos do tecido cultural português.
Assim, este projeto apresenta não só um novo dramaturgo (Hugo Barreiros - autor nomeado para o Prémio Bernardo Santareno, melhor espetáculo de 2010 com “As Muralhas de Elsinore”) como também uma nova dupla de criadores/encenadores (Tobias Monteiro e Cecília Laranjeira), possibilitando desta forma a projeção de jovens e promissores artistas nacionais.
Encenada por Tobias Monteiro e com assistência de Cecília Laranjeira, a proposta é pioneira na aposta da Nova Dramaturgia Portuguesa e, simultaneamente, no cruzamento de artistas consagrados com o tecido emergente que agora surge no panorama cultural do país, apostada em revelar uma das mais fantásticas aventuras marítimas: a volta ao mundo de um homem num veleiro, abordando de forma intensa a condição humana perante as maiores das adversidades: a solidão, a mentira, a insanidade e os caminhos que escolhemos que, neste espetáculo, são constantemente postos em causa.
Desde sempre Portugal e o Mar tiveram uma relação privilegiada.
Quando, no inicio dos Descobrimentos, os Portugueses resolveram dar provas de empreendedorismo virando-se para o mar e tudo o que ele representava ( o desconhecido, o medo de falhar, a morte), vencendo os medos e alcançando vitorias inigualáveis, abriram a porta à época áurea de Portugal enquanto país, potência e império.
Atualmente a situação politica e económica em que nos encontramos carece de um rasgo de esperança. A esperança que poderá mais uma vez vir do mar.
O mar sempre fez parte dos nossos desígnios, das nossas soluções enquanto Povo. Pensámos, neste momento conturbado, (re) aproximarmo-nos do mar através do Projeto “243”. Curiosamente as fases de declínio do país estiveram sempre ligadas ao afastamento do mar. Contrariando esta tendência, nós, enquanto coletivo artístico, pretendemos fazer esta ponte empreendedora entre cultura e história.
Sobre o promotor
QUEM SOMOS:
Em Setembro de 2004, os atores João Craveiro e Guilherme Noronha abriram, em Lisboa, o espaço polivalente de criação artística “Sala Kind of Black Box”, um local de receção a todos os artistas que ali desejassem trabalhar. Desde o seu início registaram uma extraordinária atividade que levaria a Kind of Black Box a continuar em 2005 sob a forma de Coletivo Teatral mas já com a colaboração dos atores Paulo Duarte Ribeiro e Tobias Monteiro.
Desde abril de 2010, a Kind of Black Box, também designada por KBB, torna-se uma associação cultural mantendo-se atualmente com os estatutos oficiais de Associação sem fins lucrativos, de direito privado, com sede em Lisboa.
VISÃO:
Em maio de 2005, os atores João Craveiro, Paulo Duarte Ribeiro e Tobias Monteiro fundaram este Coletivo Teatral com a estreia do espetáculo “Lost In Space”. Na altura, um grupo itinerante de atores, técnicos, músicos, produtores, promotores e colaboradores que funcionavam de uma forma inovadora e autónoma. Uma forma de abordar o teatro que se tornou, por necessidade, diferente.
Empenhada em definir uma identidade conceptual, a KBB debruça-se sobretudo na criação cultural, nas suas diferentes áreas, fomentando assim a promoção da cultura através de instrumentos como a música, teatro, cinema, vídeo, performance, dança, entre outras, utilizando como veículos, não só apresentações publicas, como também a formação, animação cultural e integração da comunidade nos novos conceitos criativos.
Atualmente a K.B.B., é uma estrutura social e cultural sólida e organizada de profissionais, com um público já fidelizado.
MISSÃO:
Com a missão última de criar cultura para todos, a K.B.B. esforça-se por estabelecer uma oferta diversificada e de qualidade para toda a comunidade. Considerando que as artes do espetáculo desempenham um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e emocional do público em geral, está-lhes intrinsecamente conferida uma missão de veículo de comunicação pedagógica e social capaz de formar e despertar no espetador os sentidos cívico e crítico, entre outros.
Ascendendo ao seu fim último, estas artes funcionam como meios de comunicação e meios de "educação cultural", não devendo ser pensadas apenas para servir determinado grupo, mas sim, ser um veículo de informação e consciencialização acessível a todos.
PROJETOS DESENVOLVIDOS:
No passado, na antiga sala Kind of Black Box (Bairro Alto) desenvolvemos as seguintes atividades:
No Teatro:
- CARTAS, conceção e encenação André Amálio. Teatro / Acolhimento.
- NOIVAS DA PERSIA, dramaturgia e encenação Sara do Vale. Teatro / Acolhimento;
- LOST IN SPACE, direção geral Yuri Kurkotchensky. Teatro. Produção K.B.B.;
- SEMTÍTULO PROVISÒRIO. Produção PROPOSITÀRIO AZUL. Teatro/ Acolhimento;
- LESSONS OF VIGILANCE / 6 Times of Cure an evening of one-person performance. Teatro / Acolhimento;
- O FETICHISTA, pelo Teatro O NARIZ de Leiria. Teatro / Acolhimento;
- INDIZÍVEL DESPEDIDA. Espetáculo inserido na 16ª Semana da Juventude da Câmara Municipal de Lisboa. Teatro / Acolhimento;
- UMA COISA É CERTA, de David Ives. Teatro. Produção K.B.B.;
- OS MONÓLOGOS DA MARIJUANA, de Arj Barker, Toni Camin e Doug Besson. Teatro, uma Produção K.B.B.;
- ILHAS DISTANTES, de David Greig. Uma produção de Hugo Bettencourt / K.B.B.;
- RSFF, Teatro, uma Coprodução K.B.B. / 3/1 Triz.
- A HUMANIDADE É FEIA, de Ínigo Ramirez de Haro. Uma produção K.B.B.
Na Música:
- NORMAN, concerto com gravação. Música. Uma Coprodução K.B.B./Sinal 26;
- MÜNCHEN, concerto com gravação. Música. Uma Coprodução K.B.B./Sinal 26;
- REFILON, concerto com gravação. Música. Uma Coprodução K.B.B./Sinal 26;
- TORANJA, showcase ao vivo para SIC, concerto com gravação. Música / Acolhimento;
- ALPHABERTO. CONCERTO. Música. Uma Coprodução K.B.B./Sinal 26;
- BLUE BOBBY. Concerto. Música / Acolhimento;
- JON MACKLEY. Gravação. Música. Uma Coprodução K.B.B./Sinal 26;
- MR CHU CHU. Gravação. Música. Uma Coprodução KBB/Sinal 26;
- Música e Vídeo ao Vivo com Ricardo Guerreiro e Pedro Quintas. Performance. Uma Coprodução Ricardo G./Pedro Q./K.B.B.;
- NORBERTO LOBO. Concerto. Música. Uma Coprodução K.B.B./Sinal 26;
- LE GRIND. Uma produção K.B.B.
Moda:
- REVISTA VOGUE, artistas nacionais. Fotografia. Acolhimento;
- DINO ALVES moda/desporto. Fotografia. Acolhimento;
- DINO ALVES, vídeo clip, Moda Lisboa. Gravação. Acolhimento.
Cinema:
- Ateliê Sénior de Cinema. Coordenação Susana Nobre. Cinema / Acolhimento;
- Homemade, realização Paulo Prazeres, Argumento João Craveiro, Coprodução DROID I.D. / K.B.B.;
- Alexandria, realização Paulo Zumach, coprodução KBB / Paulo Z.;
- Polvo, plataforma áudio visual em parceria com Droid ID (desde 2007);
- The Baby, realização de Reza Hadjipur, co produção KBB / Reza H.;
- A Bílis Negra, realização de Nuno Sá Pessoa, co-produção KBB / Skokum Films (2012).
PARTICIPAÇÃO EM FESTIVAIS NACIONAIS:
- Festival de Teatro de Leiria: ACASO (em 5 edições com os seguintes espetáculos: Lost in Space, Uma Coisa é Certa, Os Monólogos da Marijuana);
- HumorFest, Lagoa (Os Monólogos da Marijuana);
- Festival do Amor, Beja (Os Monólogos da Marijuana);
- FINCATE, Festival Internacional de Café Teatro, Sintra (Lost in Space);
- Festival Internacional Cómico da Maia, Maia (Lost in Space).
PARTICIPAÇÃO EM FESTIVAIS INTERNACIONAIS:
- Festival Internacional de Teatro de Curitiba, Brasil,2006 – Lost in Space;
- III FestIbero de São Paulo, Brasil, 2010 – Lost in Space;
- IV FestIbero de São Paulo, Brasil, 2011 – A Humanidade é Feia;
- Mindelact, São Vicente, Cabo Verde, 2012 – A Humanidade é Feia.
Ficha Técnica deste projecto:
Texto: Hugo Barreiros fez a sua formação artística na Escola de Teatro de Cascais. Em 2010 escreve a sua primeira peça “AS MURALHAS DE ELSINORE”, (nomeado para o Prémio Bernardo Santareno, para melhor espectáculo de 2010), em 2011 escreve “SUBWAY” e “A REUNIÃO”. No ano de 2012 começa um novo ciclo na sua escrita, colaborando com diversas companhias de teatro em Portugal e no Brasil, escrevendo “A ESTRADA”, “ESTAÇÃO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA” e “243”, esta última um projecto construído de raiz para a companhia Kind of Black Box. É director artístico do MECANISMO CRIATIVO.
Encenação: Tobias Monteiro - http://www.imdb.com/name/nm1412451/ Iniciou a sua carreira artística na Escola Profissional de Teatro de Cascais. Trabalhou, entre outros, com: Carlos Avillez, João Lourenço, Maria Emilia Correia, Maria faz Céu Guerra, José Jorge Duarte, Paula Sousa, etc. Em 1997 ganhou o prémio de Melhor Ator com Os Dois Verdugos, de Fernando Arrabal. O seu trabalho como ator foi sempre muito diversificado, permitindo que atuasse nas mais diversas áreas: Teatro, Cinema e Televisão. Em 2002 viaja para Itália onde estuda na Scuola Internazionale Del Actore Cómico de Carlo Boso. Em 2005, junta-se Paulo Duarte Ribeiro e João Craveiro, fundando o coletivo teatral Kind of Black Box onde é um dos Diretores Artísticos e Vice-Presidente da Direção.
Elenco: Fernando Luís (
http://www.imdb.com/name/nm0527830/) Iniciou a sua actividade no Teatro de Animação de Setúbal. Em 1992 recebeu o Prémio de Melhor Actor pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. Passou pelo Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Maria Matos, Teatro da Cornucópia e Teatro Aberto, entre outros. Participou em diversas longas metragens. É actor regular em séries televisivas, popularizando-se em Médico de Família (1998 a 2000). Em 2007 estreou-se nas telenovelas em Fascínios, para a TVI.
João Craveiro (
http://www.imdb.com/name/nm0186583/) Estudou na Escola Profissional de Teatro de Cascais. No teatro dirigiu obras de alguns grandes autores: David Greig, Arj Barcker, Camin Tony, Doug Bensson, ou Slawomir Mrozek. No Cinema, estreou-se com por Joaquim Leitão em Até Amanhã Camaradas e, recentemente, escreveu Homemade (Paulo Prazeres). A sua experiência é igualmente vasta em televisão. Em 2005 cria o coletivo teatral Kind of Black Box, com Paulo Duarte Ribeiro e Tobias Monteiro. É o compositor da música original de diversos espetáculos, entre os quais Ilhas Distantes (por David Greig),É também membro fundador do projeto musical Le Grind. Foi o primeiro encenador português a trabalhar um texto de David Greig (Ilhas Distantes).Atualmente, é a voz oficial do canal FOX em Portugal.Desde Abril de 2010 é Diretor Artístico e membro da Direção da Kind of Black Box, Associação Cultural Sem Fins Lucrativos.
Paulo Duarte Ribeiro (
http://www.imdb.com/name/nm2861854/) Começa a sua actividade profissional em 1994/95 e desde então tem realizados os mais diversos trabalhos em diferentes áreas: teatro, cinema, televisão. É membro fundador do Colectivo Teatral – Associação Cultural KIND OF BLACK BOX, Lisboa, 2005. Desde 2000 que faz dobragens de Séries de desenhos animados para a Televisão.
Luz: Paulo Santos | Som: José Pedro Alfaiate | Design: Pedro M. Leitão
Comunicação & Marketing: Marta Duarte | Produção Executiva: Rita Lima
Fotografia: Diogo Borges | Tiago de Sousa
Video:
Recolha de Imagem: Diogo Borges
Voz-Off: Fernando Luís
Captação de Som: José Pedro Alfaiate