Videoclipe - "Passeio Higiénico"

Temos como objectivo angariar fundos para produzir o videoclipe de “Passeio Higiénico”, uma caminhada imaginária entre Porto, São Paulo e La Paz durante o estado de emergência.

Temos como objectivo angariar fundos para produzir, realizar e pós-produzir o videoclipe de “Passeio Higiénico”. Esta música, escrita e produzida sob o pseudónimo peak pocket, regista e transforma algumas das impressões manifestadas em curtas caminhadas pelo Porto durante o estado de emergência. É esteticamente influenciada pelo hip-hop e por sonoridades da música electrónica.
Desde a escrita da letra que imaginei a possibilidade de associar “Passeio Higiénico” a novas imagens e esta campanha surge como uma oportunidade real para que essa transformação se concretize, pelo que agora peço o vosso contributo.

Associei-me ao Diogo Ferreira na concepção do videoclipe pois partilhámos grande parte dos dias de confinamento e colaborámos em diversos projetos nos últimos sete anos (Damaia dj’acaba ma inda nu sta pa li, Clandestino ou Homem Novo, Ponto, One Minute Pandemic, entre outros). Juntos percebemos o caráter internacional que a componente visual da música poderá assumir tendo em conta as circunstâncias que vivemos. Assim, pretendemos criar um périplo ininterrupto entre o Porto, São Paulo e La Paz, em que um ‘cidadão universal' é obrigado a lidar com diferentes medidas impostas isoladamente pelos governos locais. O passeio higiénico passou a ser uma experiência comum em distintas partes do mundo e o único escape ao confinamento obrigatório: em Portugal, a saída de casa era apenas permitida por um período máximo de 15 minutos; na Bolívia, era reservado um dia da semana a cada cidadão com base no seu número de identificação social. De repente, passou a ser legítimo e normalizado o uso do drone por parte da polícia para incentivar os cidadãos a permanecerem em suas casas. De repente, num contexto de crise mundial, os governos passaram a ter poderes que não reuniam em circunstâncias normais.

A oportunidade de trocar ideias com artistas visuais confinados no Brasil e na Bolívia fez-nos refletir sobre as diferentes formas utilizadas na regulamentação destes passeios e levou-nos a convidá-los para colaborarem criativamente no videoclipe. Essa colaboração passará pela gravação de duas cenas nas cidades de La Paz e São Paulo e pelo desenvolvimento técnico dos efeitos especiais do filme: reconhecimento facial, drone enquanto elemento cénico de videovigilância e deep fake (técnica de síntese de imagens e/ou sons humanos baseada em técnicas de inteligência artificial).

Pretendemos criar um objecto audiovisual que parta da realidade portuguesa e atravesse distintos elementos verificados noutros lugares do mundo, criando assim uma oportunidade de identificação global capaz de refletir fragmentos do insólito momento comum que vivemos.
Convidamo-vos a ouvir a música e a contribuir para a criação deste passeio higiénico internacional!

Passeio Higiénico (Foto de Margarida Andresen)

Sobre o promotor

Daniel Veloso a.k.a. peak pocket
Influenciado pelo hip-hop moderno, peak pocket, novo projecto musical de Daniel Veloso (Lisboa, 1993), deixa finalmente o quarto em tempos de confinamento. O fascínio por ritmo e poesia agora experimentado na óptica de quem também precisa de expelir.
Em termos artísticos, Daniel vem trabalhando sobretudo como realizador de cinema desde que se licenciou em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Em 2016, Damaia dj’acaba ma inda nu sta pa li, documentário corealizado com Sofia Lemos Marques, teve estreia mundial na secção Verdes Anos do festival Doclisboa. Nevoeiro (2018), a sua primeira curta-metragem de ficção, é uma adaptação livre de um conto do escritor Mário Dionísio e circulou por vários festivais nacionais e internacionais.
Em meados de 2018, a vontade de experimentação levou-o a aventurar-se na produção de música electrónica sob o pseudónimo Freddo Espresso. Durante este processo, dedicou-se também a escrever as letras das músicas que agora integrarão "traPIA", primeiro EP do projeto peak pocket, com lançamento previsto para o mês de Agosto.

Diogo Ferreira (Guimarães - 1993) é artista visual, videógrafo e cineasta baseado na cidade do Porto/Portugal. Licenciou-se em Ciências da Comunicação na FCSH Universidade Nova de Lisboa em 2014 e colabora regularmente com o realizador avant-garde português Edgar Pêra desde janeiro de 2015 enquanto assistente de realização, produção, anotação, montagem e pós-produção 3D (O Espectador Espantado - 2015; Delírio em Las Vedras -2015; Mar Portuguez - 2016; Arkivos Kino-Pop - 2016; Caminhos Magnétykos - 2017; The Nothingness Klub - 2020).
Realizou, produziu e montou seis curtas-metragens (Pinheiro, 29 NOV 2015; Filho do Demo; FÉRIAS 2016 H”&$; LX TOUR MIX (c/ Francisco M. Gomes); PANGEIA (c/ Caio Vinícius) e One Minute Pandemic (c/ Daniel Veloso a.k.a. peak pocket); dois videoclipes (IVY’S HANDS | Nightfall (c/ Francisco M. Gomes) e Janeiro - FAITH + SOFT); uma video-instalação e uma web-série (CONSONÂNCIA DISSONÂNCIA e JANEIRO SESSIONS (c/ Janeiro)). Em paralelo (2015/2020), tem vindo a construir um arquivo vídeo online de live acts de música, dança, performance e teatro (David Maranha; DIE VON BRAU; Random Gods; Citizen Kane; Polido; Yong Yong; (c/ colectivo WEIV); Carla Boregas - Black Shabaat/Casa do Povo e Zona Morta/SESC Vila Mariana; Korina Kordova - Sinuosity: The Muse/Museu Imagem e Som de São Paulo; Manoela Rangel - THIS IS OUR LAST DANCE/Centro Britânico Brasileiro; Will Lopes - KAGEBARA/Cª Capital 35; e Fronte Violeta/Madame Satan. Disponível em https://cargocollective.com/diogomachadoferreira

peak pocket (Foto de Margarida Andresen)

Diogo Ferreira (Foto de Fernando Nogari)

Orçamento e Calendarização

CALENDARIZAÇÃO

15-30 Setembro - Pré-Produção
15-20 - (Re)escrita do guião
20-25 - Repérage/Scouting
25-30 - Preparação

1-2 Outubro - Produção
1 e 2 - Rodagem Portugal
1 ou 2 - Rodagem Brasil
1 ou 2 - Rodagem Bolívia

4-12 Outubro - Pós-Produção
4-10 - Montagem 
4-10 - Animação 3D
10-12 - Correcção de cor

Produtor Associado - Bolívia
Iverint López (INT.CINE)
Cineasta Boliviano, nasceu na cidade de La Paz a 23 de Abril de 1989 e estudou na Escuela de Cine y Artes Audiovisuales (E.C.A.). A sua obra integra uma série de projectos de direcção de fotografia de curtas-metragens documentais, curtas-metragens ficcionais e videoclipes realizados desde 2008. Actualmente trabalha na pós-produção de dois projectos de longa-metragem rodados na Argentina em 2018 (TRASMALLO) e no México em 2019 (A CARGO DE ANTONIA). É fundador do Clúster Audiovisual de La Paz (Bolívia) e esteve encarregue da sua presidência durante os primeiros 4 anos de actividade. É responsável dos festivais FIRA e FICIPROX. Trabalha também como realizador na produtora INT.CINE, em La Paz.

Produtor Associado - Portugal 
Luís Costa nasceu em 1993, no Porto. Em 2014 conclui a Licenciatura de Som e Imagem, na Escola das Artes da Universidade Católica do Porto. Na condição de jovem realizador, trabalhou em diversos projectos na área audiovisual, tendo as suas duas curtas-metragens de contexto académico sido reconhecidas em vários festivais nacionais e internacionais. Tem também desenvolvido projectos paralelos de fotografia e videoclipes, entre outros.
É co-fundador e realizador do projecto Pinehouse Concerts. Em 2017 estreou O Homem Eterno, onde se destaca o prémio Sophia de melhor curta-metragem documental pela Academia Portuguesa de Cinema. O Nosso Reino, a sua última curta-metragem baseada no romance de Valter Hugo Mãe, está em distribuição e estreará em 2020. Recentemente, fundou uma produtora de cinema no Porto, na qual está a desenvolver vários projectos em diferentes cargos, desde a produção até à escrita de argumento. Encontra-se ainda a pré-produzir a sua próxima curta-metragem, a realizar uma série documental sobre fotografia e a escrever a sua primeira longa-metragem de ficção. 

Fotografia -  Equipa Portuguesa 
Miguel da Santa (1990), vive no Porto. É licenciado em Som e Imagem e Mestre em Fotografia pela Universidade Católica Portuguesa. Realizou estudos complementares nos cursos de Cinema na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Brasil, e Media Arts na Universidade de Plymouth, em Inglaterra. Em cinema, desempenha funções de diretor de fotografia, destacando-se o trabalho nas curtas-metragens de ficção O Nosso Reino (2020) de Luís Costa, Terceiro Turno (2020) de Mário Macedo, Rio Entre as Montanhas (2018) de José Magro, Pena Fria (2014) de Luís Costa, Viagem (2014) de José Magro e o documentário Rua da Estrada (2012) de Graça Castanheira, nomeado para os prémios Sophia. Também como diretor de fotografia, integrou as Séries para Televisão 2 Minutos para Mudar de Vida (2019) e 4 Caminhos para Fátima (2018) trabalhando, neste último, com os realizadores Miguel Gonçalves Mendes e Rita Nunes. Editou a curta-metragem Pele de uz (2018) e a longa-metragem documental A Nossa Terra, O Nosso Altar (2020), ambas de André Guiomar. De momento encontra-se a filmar a longa-metragem documental New Chung - A Força de um Touro, de André Guiomar, e a iniciar a montagem do primeiro episódio da série para televisão Eclipse, de Luís Costa.

Tiago Carvalho nasceu no Porto, em 1988. É licenciado em Som e Imagem e mestre em Cinema e Audiovisual pela Universidade Católica Portuguesa. O seu trabalho como diretor de fotografia conta com diversas obras premiadas em festivais nacionais e internacionais. De destacar o Prémio Sophia de melhor curta-metragem documental pela Academia Portuguesa de Cinema em 2018, para O Homem Eterno (2017), de Luís Costa; o Leão de Bronze na categoria Design, no Cannes Lions de 2014, pelo projecto Troll do estúdio This is Pacifica; melhor longa-metragem no festival internacional Indielisboa 2013, por É o Amor (2013), de João Canijo, assim como o prémio da secção Take One, no Festival Internacional Curtas Vila do Conde em 2011, com a curta-metragem Artur (2011), realizada por Flávio Pires. Mais recentemente, trabalhou na imagem de filmes como Dulcineia, longa-metragem de ficção de Artur Serra Araújo, nas curtas-metragens de ficção O Nosso Reino (2020) de Luís Costa e Terceiro Turno (2020), de Mário Macedo, e na série para televisão Eclipse, de Luís Costa. 

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