Quando Partem as Andorinhas é um dos filmes que constituem a trilogia de curtas-metragens portadoras das minhas vivências e experiências enquanto transmontano. Será o primeiro d...
Quando Partem as Andorinhas é um dos filmes que constituem a trilogia de curtas-metragens portadoras das minhas vivências e experiências enquanto transmontano. Será o primeiro dos três filmes a ser filmado. O projeto será apresentado em 2020 na Universidade da Beira Interior de forma a obter o grau de mestre em Cinema.
O filme acompanha o último dia de Duarte na aldeia. No dia seguinte, emigra para Inglaterra de modo a prosseguir o seu sonho de protagonizar musicais no West End. Envolto num ambiente familiar machista onde a postura patriarcal se impõe, Duarte irrompe e assume o seu eu: homossexual, ator e transmontano. Mas será esse "eu" mais importante que o amor? Poderá alguém fazê-lo mudar de ideias e, dessa forma, abdicar do seu sonho?
É necessário referir que as ideias surgiram da necessidade de espelhar, através do cinema, personagens e vidas onde me identificasse. Uma urgência que viu necessária a partilha do privado de modo a suscitar ou potenciar um bem maior: a desconstrução de um cliché, de uma representação tida por única. Não pretendo, de maneira alguma, invalidar nenhuma outra representação, antes pelo contrário, reforço que todas são legítimas. Trás-os-Montes é tudo o que se tem filmado sobre ele e mais. Interesso-me por esse mais, seja pela forma de personagens, pelas estórias ou pela maneira de filmar.
rodagens FÔLEGO
Contudo, filmar em Trás-os-Montes acarreta custos e despesas que sem a vossa ajuda não serei capaz de ultrapassar! O vosso auxilio é, assim, fundamental. O projeto padece do risco de ser inviabilizado caso não se reúnam as condições necessárias. Qualquer ajuda é preciosa, desde já muito obrigado!
Atrevo-me e permito-me, para que a feitura do projeto seja verdadeira e honesta, lavrar o terreno emocionalmente e expor o caráter pessoal e autobiográfico do mesmo. Fazer cinema é, sempre, um desafio! Se o desafio se mostra difícil, é indispensável recorrer ao que nos motiva para podermos continuar. Sendo assim, esta é a estória que quero contar. Esta é a voz que quero elevar. Este é o cinema que quero fazer.
Mais uma vez, muito obrigado,
Rúben Sevivas
Sobre o promotor
Ay Filmes é um coletivo que vê no cinema a melhor forma de se exprimir e de contar as suas histórias; sejam estas coletivas ou individuais. Pedindo emprestado ao galaico-português o AY, que significa há, pretendemos fazer cinema para que haja cinema. Uma necessidade tão cabal quanto respirar. Fazer um cinema urgente que resgate a pluralidade identitária de um Portugal, cada vez mais, centralizado e, cada vez menos, reconhecível.
Rasgaremos fragas, abriremos rios, percorreremos planícies e subiremos montanhas, bem como prédios e pontes e monumentos, em busca do tutano da expressão “português”: seja esta globalizada ou mais tradicional. Queremos desvendar e perceber o que significa ser português nos dias de hoje e nas diversas realidades políticas, sociais e económicas em que os portugueses estão inseridos.
Sendo cidadãos portugueses, e do mundo, temos plena consciência que o nosso foco de trabalho acarreta uma grande responsabilidade na difusão da verdade das imagens e dos sons. Desso modo, carregaremos essa responsabilidade, não como fardo, mas como bandeira!
Um bem-haja,
João, Rita e Rúben
rodagens FÔLEGO
JOÃO ARAÚJO
João Araújo nasceu em Pretória (África do Sul), em 1995, mas vive no Montijo desde os dois anos de idade. Estudou cinema na UBI e desde cedo percebeu que o som era o foco do seu interesse, principalmente aquele que se alia às imagens em movimento. Em busca de profundidade académica, tirou uma especialização em Som na World Academy. De seguida, trabalhou cerca de um ano em dobragens, em curtas-metragens e em séries. Desde dezembro é o sonoplasta da Vodafone FM.
RITA LAMEIRA
Rita Lameira nasceu em Cuba, em 1995. Terminou a licenciatura em Cinema, na Universidade da Beira Interior, em 2016. Após estagiar na produtora Uma Pedra no Sapato / Vende-se Filmes, teve a oportunidade de desenvolver as suas capacidades e conhecimentos na área de imagem. O seu portefólio é vasto e conta já com uma nomeação para melhor cinematografia pelo seu trabalho no filme Fôlego. Atualmente, faz parte de um projeto da RTP que consiste na elaboração de 13 longas-metragens baseadas em contos populares.
RÚBEN SEVIVAS
Rúben Sevivas nasceu em Chaves, em 1991. Licenciou-se em Cinema pela Universidade da Beira Interior, de onde saiu o seu primeiro trabalho como realizador – Fôlego (2017). Paralelamente, Rúben construiu uma carreira de ator e de produtor de teatro na sua cidade natal. Atualmente, Rúben frequenta o mestrado em Cinema, também pela Universidade da Beira Interior, de onde já resultou o curto documentário Direito à Memória (2019). O seu principal foco de trabalho assenta na cultura e na herança de Trás-os-Montes, bem como a dinamização das artes no interior de Portugal.
Orçamento e Calendarização
O orçamento total do filme excede os 3000 €.
Felizmente, apraz-nos informar que o restante dinheiro já foi conseguido através de apoios e patrocínios. Deste modo, faltam-nos:
Alimentação - 990 €
Estadias - 250 €
Viagens - 784 €
Comissão PPL - 186,72 €
As filmagens terão lugar em Chaves de 7 a 15 de setembro de 2019.