O ANDAIME é um festival cultural que reúne diversos eventos no Centro Comercial 1º de Maio em Viana do Castelo.
ANDAIME DE MAIO é um projeto de criação artística e programação cultural com carácter gratuito e universal, que pretende explorar e articular as necessidades da comunidade vianense numa dinâmica de cooperação artística. Tem como objetivo apoiar o desenvolvimento cultural da cidade de Viana do Castelo sob uma perspetiva de inclusão, visando a criação de um espaço transitório e aberto à comunidade. Neste sentido, foca-se na formação de uma rede colaborativa, constituída por elementos das várias camadas sociais da cidade e diversos artistas de amplitude nacional e internacional, com o objetivo de nutrir e gerar oportunidades contínuas de diálogo entre a comunidade e os criadores.
O projeto materializa-se numa agenda cultural que gravita em torno de uma residência artística trimestral, sediada no Centro Comercial 1º de Maio. A programação engloba igualmente eventos pontuais como concertos, performances, oficinas, conversas e exposições, que decorrerão em articulação com o período da residência artística. Pretende-se que em todas as atividades propostas haja uma pação ativa da comunidade, referindo escolas, instituições, associações, empresas e o público em geral.
O ANDAIME ergue-se a partir de 3 pilares, 3 objetivos fulcrais:
espaço: criação de um espaço criativo transitório, para a comunidade e através dela, dando vida a um sítio que se encontra esquecido e debilitado;
cidade: génese de novos públicos e novas formas de viver a cidade, convertendo-a num local relevante no circuito artístico nacional;
comunidade: reforçar laços entre a comunidade, a cidade através da cultura, dando poder de ação aos cidadãos;
Espaço
A memória coletiva de um espaço outrora efervescente como o centro comercial 1º de Maio e a necessidade de conferir-lhe uma nova atmosfera foi o mote que deu início a este projeto. Após mais de uma década da sua decadência levado a cabo por vários fatores económicos, o espaço mantém-se intacto, restando-lhe cada vez menos atividade. Para além da reduzida atividade comercial, a exploração do cinema por parte da Associação AONORTE e o café do primeiro piso, o “não-lugar” é usado meramente como ponto de travessia entre a rua do Teatro Sá de Miranda e o pátio exterior do centro, que conduz a vários pontos do centro da cidade.
Cidade
Ao contrário de outros pólos culturais do norte, a cidade de Viana do Castelo ainda não conseguiu estabelecer públicos que se estendem para além dos seus horizontes. Ambicionamos com este projeto, através da seleção estratégica de criadores (inter)nacionais, alicerçar novos públicos à cidade e pessoas que possam também revolucionar a forma como se experiencia a cidade. Reconectando a cidade ao panorama artístico nacional.
Comunidade
São vários os esforços culturais que têm vindo a acontecer na cidade ao longo dos anos, existe uma programação rica e infraestrutura para a receber, no entanto, vemos que esta programação não chega a toda a gente.
Um dos slogans que descreve esta cidade, é “Viana é amor” e quem “gosta vem, quem ama fica”. Neste projeto, levanta-se a questão: quem são as pessoas que ficam, e quem são as que acabam por deslocar-se para outras zonas?
Sobre o promotor
Como jovens adultos, originários de Viana do Castelo e com percurso no ramo das artes, sentimos uma desconexão generalizada com a cultura da cidade, em parte por falta de oferta de um espetro mais abrangente de atividades artísticas e culturais. Este parecer manifestou-se ainda na nossa adolescência e perpetua-se até aos dias de hoje. Agora, que nos afastamos para outros pontos do país, sentimos uma desunião com a nossa origem - o lugar que foi da nossa infância e da nossa adolescência. Cremos que Viana do Castelo foi além das Festas da Agonia, das bolas de Berlim do Natário e das festas do Santoinho. Foi, acima de tudo, um espaço, uma atmosfera com a qual aprendemos a crescer e a dialogar com a vida. Como tal, achamos fulcral impulsionar o interesse cultural na cidade, de forma a envolver e enriquecer toda a comunidade, unindo-nos a esta.
Gil Monteverde é licenciado em Multimédia pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Frequentou a faculdade Hochschule Fur Bildend Kunst Dresden e o Curso de Iniciação à Interpretação do Teatro Universitário do Porto. Da sua experiência com criação e produção de eventos destaca-se “VAGA” (2020) , “Olivai-nos do Mal”(2020), Dezenrascar-te” (2015). Participa regularmente em exposições em Portugal e no Estrangeiro. Estagiou no ZKM|Karlsruhe. Desenhou para “Lethtes em Bruto”, “AN-TRE”, “CROSS CULTURAL COLABORATION”, “.lab”, wendy.network” e “KONJUGATE”É também director criativo e designer no projecto “Jaskyna”.
Júlia Miranda Contrabaixista e professora de contrabaixo, fez o seu percurso académico na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo e na Escola Superior de Artes Aplicadas em Castelo Branco.
Concluiu a Licenciatura em Música – Variante de Instrumento (Contrabaixo) e o Mestrado em Ensino de Música – Variante de Instrumento e de Classe de Conjunto na ESART, tendo publicado recentemente a sua tese de mestrado intitulada A criatividade no ensino de música: Estratégias de desenvolvimento da criatividade nas aulas de contrabaixo.
Rafaela Fernandes Autodenominada artista plástica, que vive entre Porto e Viana do Castelo. Em 2020 licenciou-se no curso de Artes Plásticas na FBAUP. A sua prática é multidisciplinar e engloba escultura, pintura, fotografia e vídeo. A escultura surge como primeira linguagem de trabalho, onde materializa corpos desconhecidos, imaterializáveis. Usa a parafina como matéria predominante e com esta explora a efemeridade. Na sua pintura, a cor funciona como certeza, tornando-se a linguagem onde encontra maior valor de afirmação e decisão.
Orçamento e Calendarização
O ANDAIME conta com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo e da DGARTES, no entanto este crowdfunding surge da necessidade de dar um maior suporte aos artistas, criando uma base de confiança sustentável. A vossa contribuição ajudará a cobrir os seguintes custos:
1 Honorários de vários artistas
2 Despesas de produção (som e iluminação)
3 Gastos em Viagens
4 Alojamento para artistas pontuais
5 Refeições para artistas pontuais
O Andaime arranca 14 de maio e durante os 3 meses de residência, teremos 3 fins de semana com concertos, performances, conversas e exposições com artistas nacionais e internacionais. Serão estes 14 de maio, 10 a 12 de junho e por último de 29 a 30 de julho.
Toda a ajuda é bem-vinda quando se constrói algo do zero.
Fica o convite para virem construir este andaime connosco!