Em épocas diferentes, três pessoas são confrontadas com a difícil decisão de ir em frente ou interromper a sua gravidez.
O aborto deve ser uma escolha de quem tem que viver com ela.
O que fazer perante uma gravidez indesejada? No ecrã dividido em três, acompanhamos três momentos diferentes da história contemporânea de Portugal e refletimos sobre o poder de escolha destas pessoas e até que ponto essa escolha é realmente livre.
Clara engravida em 1972, quando o aborto ainda é ilegal em Portugal. Em plena ditadura e com os pais conservadores, é com a ajuda de uma amiga e de uma parteira que Clara consegue fazer um aborto clandestino. No entando, as más condições para o procedimento farão que Clara procure coragem dentro de si que não sabia que tinha.
Em 2007, Joana vai a uma clínica fazer um aborto. Este tornou-se nesse ano legal em Portugal para quem o quer fazer por escolha própria e, perante as circunstâncias de pobreza da sua família e o seu primeiro emprego à sua espera em Londres, Joana considera esta ser a sua melhor opção. No consultório, é alvo de julgamento da sua médica que se recusa a ajudar Joana a abortar.
Alex descobre que engravidou e questiona o que este papel feminino representa para a sua identidade não binária, mesmo estando em 2022. Numa conversa com Daniel, o pai do bébe, Alex vê-se num confronto de uma decisão que tem que tomar, mas sem saber o que tal significa para si.
Uma Escolha Minha pretende trazer uma consciencialização sobre a história do aborto em Portugal e como a sociedade, política e economia de várias épocas a influenciam. Perante este assunto sensível queremos fazer uma reflexão sobre o passado e incentivar uma ponderação para o futuro.