Queremos financiar a produção, exibição e distribuição de um documentário sobre a comunidade salatina, retirada à força da Alta de Coimbra devido à destruição de centenas de casas e outros edifícios para erguer a Cidade Universitária
Sabiam que nos anos 40 do século passado cerca de duzentos edifícios de vinte quarteirões foram arrasados na Alta de Coimbra? E que as cerca de três mil pessoas que lá viviam e faziam as suas vidas, em ruas cheias de lojas, serviços e monumentos, foram recolocadas em bairros periféricos e sem condições de acessibilidade? Bairros de Coimbra como Celas, Fonte do Castanheiro, Arregaça, Marechal Carmona (hoje Norton de Matos) e Santa Clara nasceram do zero enquanto a Alta ganhava a forma de «Cidade Universitária» num processo doloroso e silenciado pela censura.
Queremos revelar esta história e contamos com a sua ajuda. Todos os contributos contam.
Com a política de reabilitação urbana no centro histórico na ordem do dia, e depois de celebrarmos o meio século de Liberdade, ajudem-nos a rebobinar e mostrar como aconteceu esta destruição de parte da Alta de Coimbra às mãos do Estado Novo e a resgatar uma das memórias mais brutais da cidade seguindo o rasto dos chamados «salatinas».
Camada sobre camada, Coimbra continua a morrer e a renascer consecutivamente, mas e as suas gentes? E as suas rotinas? As suas tradições? Ajudem-nos a financiar este filme que começou a ser pensado e produzido na primavera de 2023, na sequência de uma reportagem premiada e por iniciativa própria dos seus criadores, dada a urgência de captar em vídeo os poucos salatinas ainda vivos, e partilhem connosco o prazer de juntar as peças do puzzle que compõe esta nossa cidade.
Foram recolhidos testemunhos, depoimentos de especialistas, material inédito e banda sonora original, mas a execução e finalização dependem das verbas e parcerias que conseguirmos angariar agora para podermos estrear no verão de 2025. Contamos consigo?