Carmo, após perder a irmã, deixa-se contagiar por um grupo de 3 mulheres de forma a saciar a sua angustiante necessidade de pertença.
ATÉ QUE PONTO ESTAMOS DISPOSTOS A IR PARA SACIAR A NOSSA NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO E DE PERTENÇA?
A religião, a cultura e a moralidade são mitos que habitam no imaginário coletivo de uma população de forma a que grupos cooperem de forma eficaz. O ser humano necessita de sentir que pertence, mesmo que não entenda na totalidade aquilo a que pertence ou porque sente que necessita de pertencer. Esta necessidade não é racional ou consciente, resulta do contágio a que estamos expostos desde que nascemos. Não nascemos a partilhar o imaginário dos que nos rodeiam, é nos transmitido e nós somos contagiados.
É esse sentido de coletivo e pertença que queremos retratar nesta curta.

"Deus há-de nos perdoar."
“Quatro Terços” vai contar essa história dividida em 3 curtos capítulos que abordam as 3 fases do contágio. A fase da transmissão, da progressão e da aceitação do contágio.
A irmandade, a irreverência e a liberdade de um grupo de 3 mulheres que se afastam do convencional, vão encadear uma jovem que procura algo que a integre e guie.

"Tudo aqui de uma forma ou de outra é pecado."
Enquanto esta personagem representa a ingenuidade do intrínseco desejo de pertença e a brutalidade do contágio a que está disposta a se expor, para saciar a necessidade de integração.
O grupo é uma representação genérica do poder motivador da cultura, do lado obscuro que negamos e das crenças contraditórias que ignoramos e que se encontram presentes nas culturas em que acreditamos estar inseridos.
Este vai expor brutalmente a nossa personagem que não pode adquirir meias crenças e que para pertencer ao mesmo terá de praticar na totalidade o modo de vida a que se propôs.

Carmo.
“Quatro Terços”, é uma curta que viverá da expressão do sentimento por parte dos atores, do poder sonoro e coreográfico, de acontecimentos lentos e da estética cénica criada pelos décors religiosos e pelos figurinos que elevaram estas mulheres.
Os espaços de “Quatro Terços” vão viver do catolicismo contrastante com o pecado e impuridade a que o grupo se associa, criando uma contradição entre as crenças e os atos praticados.
Dadas as circuntâncias do país, a fase de pré-produção está a ser feita à distância, e temos estado arduamente a tentar torná-lo em uma realidade com os nossos próprios meios, mas mesmo com os nossos melhores esforços chegamos a um ponto onde é impossível concretizarmos este projeto sem ajuda de mais pessoas.
Com isto recorremos a este meio para obter ajuda no financiamento deste projeto, que tambem pode vir a ser vosso.
Por isso junta-te a nós!