Para proteger a natureza única da Faia Brava e todo o trabalho de restauro ecológico realizado nos últimos 12 anos, a ATN efectua anualmente uma campanha intensiva de ...
Para proteger a natureza única da Faia Brava e todo o trabalho de restauro ecológico realizado nos últimos 12 anos, a ATN efectua anualmente uma campanha intensiva de prevenção e vigilância contra fogos.
A FAIA BRAVA
A Faia Brava é a primeira área protegida privada do país, no coração do vale do Côa, no Nordeste de Portugal. Ao longo do canyon escarpado do rio Côa e sobre o manto extenso de sobreiros pairam as grandes aves das escarpas, espécies prioritárias para a conservação da natureza.
Aqui a natureza é o valor mais importante. A Associação Transumância e Natureza (ATN) adquiriu e gere estes 800 hectares exclusivamente para a conservação da natureza, de modo a criar um modelo de gestão local e sustentável de recursos naturais.
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS FLORESTAIS
Depois de um trágico incêndio em 2003, que consumiu uma área extensa de cerca de 4500 hectares no vale do Côa, a ATN tem trabalhado activamente na recuperação dos espaços ardidos na Faia Brava. De 2005 a 2012 estes são alguns dos resultados alcançados na Faia Brava:
10 000 árvores autóctones produzidas por ano
26 800 árvores plantadas
10 km de linhas de água reflorestadas
352 560 bolotas semeadas
515 hectares de bosque autóctone em recuperação
média de menos de 15 hectares ardidos por ano
200 voluntários por ano
VIGIA FAIA BRAVA - uma campanha de vigilância de sucesso
A época crítica de incêndios decorre todos os anos de julho a outubro, durante o verão quente e seco da nossa região. O fogo é um processo natural ao qual a vegetação está extremamente bem adaptada. No entanto, a frequência elevada com que este ocorre, as temperaturas altas atingidas pelo fogo durante o verão e a existência de extensas áreas abandonadas, onde a densidade de matos é extremamente elevada são factores que têm grande impacte sobre estas áreas florestais em processo de regeneração natural. Estes fogos têm maioritariamente origem antrópica e o intuito de acelerar a renovação das pastagens.
De forma a prevenir a destruição destas áreas naturais únicas e proteger todo o trabalho de restauro ecológico que tem sido realizado pela ATN ao longo dos últimos 12 anos, a ATN efectua anualmente uma campanha intensiva de prevenção e vigilância contra fogos.
Na Faia Brava, a equipa de vigilantes trabalha 18 horas por dia, 7 dias por semana, deslocando-se em viatura todo-o-terreno e utilizando pontos estratégicos de vigilância, para:
- Detectar o fogo o mais cedo possível e assim reduzir ao máximo a área ardida por ano.
- Apoiar o trabalho dos bombeiros, apoiando na 1ª intervenção, indicando os caminhos melhores e as charcas mais próximas.
- Contactar com a população local, sensibilizando para um uso mais sustentável dos espaços naturais, incluindo apoio técnico à gestão florestal (podas, desbastes, desmatações, limpeza de caminhos e realização de fogos controlados noutras épocas do ano).
FINANCIAMENTO
Todos os anos, a ATN conta com fundos próprios para operacionalizar a campanha de vigilância contra fogos na Faia Brava. Estes fundos são angariados através do apoio dos sócios, da venda de produtos e serviços e de donativos. O custo anual da campanha é de 3000 euros e inclui as deslocações da equipa de vigilantes, o equipamento de segurança, primeira intervenção e comunicação e o pagamento de serviços aos dedicados e incansáveis vigilantes.
Em 2012, a ATN tem disponível financiamento para os trabalhos de vigilância até ao final de Agosto, sendo essencial manter a equipa no terreno ainda até ao fim de Setembro. A ATN necessita de angariar ainda 1 000 euros para completar a campanha de 2012.
Esta campanha de crowdfunding pretende angariar esta verba e, ao mesmo tempo, sensibilizar a comunidade para a importância da prevenção e vigilância no combate aos fogos, que muitas vezes podem evitar o recurso à última linha de defesa, combate a incêndios.
Associação Transumância e Natureza
Faia Brava no NY Times
A Faia Brava é notícia no NY Times International.
A Coluna Verde de Economia do New York Times International faz uma especial alusão a Portugal, com a apresentação da Reserva da Faia Brava como motor de desenvolvimento económico de uma “região pobre, que necessita de pessoas e trabalhos”.
Artigo completo: http://www.nytimes.com/2014/01/09/business/energy-environment/nature-ent...
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Associação Transumância e Natureza
Equipa: Ricardo Nabais, Alice
Equipa: Ricardo Nabais, Alice Gama, João Quadrado, Nadine Oliveira
Horário: 10:00 - 23:30
No penúltimo dia de Agosto, a equipa de vigilância começou o dia no limite sul da reserva, verificando a localização da manada de cavalos garranos. Os cavalos estão neste momento numa área vedada de cerca de 200 hectares, podendo passar muitos dias sem serem vistos. No entanto, como existem poucos pontos de acesso a água, a manada mantém-se aproximadamente nos mesmos locais. Depois de algumas centenas de metros de caminhada, avistámos algum movimento entre os matos de giesta e azinheira. Lá estavam as 6 éguas, em excelente condição física, apesar da secura e quantidade reduzida de pasto. Para além das gramíneas, a alimentação dos garranos inclui também folhas de sobreiro e algumas giestas secas.
De seguida, depois de uma passagem pelos portões principais da área vedada, paragem obrigatória em Algodres para encher um depósito de água. A nova viatura da ATN (comprada com apoio do nosso sócio Henk Smit), uma velhinha Bedford, é essencial para estas operações. Com os poços da Sabóia muito vazios, a água de Algodres é essencial para a rega das 10 000 árvores que vão ser plantadas este inverno na Faia Brava.
Depois de um café n' O Escondidinho, ponto de encontro obrigatório para conversas com a população de Algodres, a equipa dirigiu-se para o acampamento-base das Hortas da Sabóia. Nas últimas semanas, o acampamento tem sido utilizado por voluntários, que permanecem na Faia Brava 24 horas por dia, fazendo trabalhos de vigilância contra fogos, ajudando na manutenção do viveiro florestal e fornecendo alimento suplementar a um segundo grupo de garranos que se encontram na Sabóia. O Vítor Viana e a Yvonne Markl (Áustria) têm sido uma ajuda preciosa e bons companheiros de trabalho. Bem hajam!
Durante o turno da noite, já por volta das 20:30, a equipa detectou um fogo na ribeira do Massueime, já no concelho de Vila Nova de Foz Côa. Esta é uma área natural importante, for da Faia Brava, mas utilizada como área de alimentação pelas rupícolas do vale do Côa, incluindo a Águia de Bonelli. Apesar da rápida intervenção de várias equipas de bombeiros, o incêndio continuou noite dentro, tendo a equipa de vigilância da Faia Brava terminado o turno por volta das 23:30.
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Associação Transumância e Natureza
Dia 9 Vigia Faia Brava
A equipa de vigilância deslocou-se mais uma vez à Faia Brava, aproveitando também para regar o viveiro e encher o depósito com água.
Vai se deitando o olho ao horizonte, para ver se há movimentos suspeitos, ou alguma coluna de fumo.
Por volta das 16:00 horas, rompendo as grossas nuvens brancas, vê-se uma coluna de fumo longe da Faia Brava, atrás da serra de Trancoso. Pouco tempo depois deixou de se avistar fumo. Valeu a prontidão dos bombeiros. Felizmente, até ao final da noite não se avistou mais nenhuma coluna de fumo.
Para a equipa poder continuar a proteger a Faia Brava, precisamos que adquira produtos da Faia Brava.
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Associação Transumância e Natureza
Dia 8 Vigia Faia Brava
Durante estes últimos 4 dias de vaga de calor, o trabalho de vigilância foi reforçado. Mais vigilantes, mais hora de olhos no horizonte.
Hoje, no final de mais um dia de vigilância, a temperatura baixou e sente-se o vento fresco ao cair da noite.
Se passar por Figueira e tiver umas horas disponíveis, pode acompanhar a equipa de vigilância e aproveitar para observar aves ou a manada de garranos a descansar à sombra de um sobreiro ou azinheira.
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Associação Transumância e Natureza
Dia 4 Vigia Faia Brava
A campanha Vigia Faia Brava chegou aos 20%! Obrigada a todos! Faltam 51 dias para transformar um pacote de amêndoas ou um poster panorâmico em vigilância contra fogos.
No terreno, a equipa da Faia Brava, durante esta onda de calor irá fazer um horário alargado de vigilância, das 10:00 às 02:00. Ao Ricardo e Eduardo, juntam-se nestes dias cheios mais mãos amigas: o João (ATN), a Ana Rita (Freixeda do Torrão) e a Yvonne (Áustria). Força vigilantes!
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