Uma curta-metragem de ficção realizada por Salvador Mendes e levada a cabo por um grupo de amigos estudantes de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema!
Sobre o projeto:
A narrativa acompanha uma jovem na noite atribulada do seu vigésimo aniversário. Ao longo de uma madrugada navega pelas ruas de uma cidade marcada pelo ambiente juvenil e universitário e confronta-se com as incertezas do futuro e com os fantasmas da sua própria identidade. O projeto tem um forte cariz autoral e pretende explorar temas universais como o crescimento, a emancipação e a memória.
Sinopse do projeto:
Leonor, uma inibida estudante universitária, celebra os seus 20 anos numa noite caótica que a leva a confrontar quem virá a ser na sua vida adulta. Ela vagueia pelas ruas dominadas pelos jovens universitários, onde se força a tomar decisões de modo a aproveitar a adolescência que irá deixar para trás, acabando por beijar um rapaz que pouco conhece, arrependendo-se de imediato. Com a irmã Joana, ri, fuma e canta, reconectando-se com o seu lado infantil. Um encontro com Benjamin, amigo do passado, traz nostalgia, uma tensão que ficou por resolver, longas conversas embriagadas e um beijo desajeitado. E ao amanhecer, já as pessoas se preparam para trabalhar na cidade. Enquanto, Leonor, já no autocarro, sorri, mais confiante com o que está por vir.

Tratamento cinematográfico e nota de intenções do realizador:
Fazer 20 anos é algo que marca a vida de todos nós, por mais irrelevante que pareça. É isso que acontece à protagonista deste filme, Leonor, que sente que não aproveitou a sua adolescência como esta nos é prometida. Sente que desperdiçou estes anos estando confusa e apática. No fundo, a adolescência é uma falsa promessa de diversão e rebeldia que nunca chega, uma criação de falsas ilusões baseadas no que é colocado na internet.
Quero explorar com Leonor uma vontade de se expor para aproveitar os últimos momentos desta fase da vida, criando memórias quase forçosamente. Uma autodescoberta movida pelas redes sociais e amigos, levada por Leonor em várias direções: na maneira de se apresentar, nas relações com homens, na relação com o álcool. Vemos isso em cenas onde ela encara com dúvida esses momentos, mas se atira de cabeça, numa noite que quer manter viva na memória.
Na noite, a abordagem será crua e naturalista, com iluminação amarelada dos candeeiros de rua e câmara à mão, íntima da protagonista, que guia a história. Quero introduzir imagens de arquivo de aniversários de Leonor, desde a infância até à pré-adolescência, como transições, para reforçar a atualidade e a influência da tecnologia na vida destas personagens, que pensam e vivem no agora, rodeadas por telas. Este é um projeto pessoal, mas universal, sobre a evolução, crescimento e aceitação de Leonor, sentido como uma história real e palpável. A câmara acompanhará Leonor de perto, quase como uma extensão do seu estado emocional, sem receio de se aproximar nos momentos de vulnerabilidade ou hesitação.
Equipa:
Elenco: Leonor Alberto, Benjamin Barroso e Joana Resende
Argumento e Realização: Salvador Mendes
1ª Assistência de Realização: Catarina Acciainolli
Anotação: Francisco Mendonça
Direção de Produção: Francisca Miguéis
Adjunto de Produção e Coordenação de Figuração: Rafael Sousa
Direção de Fotografia: Beatriz Silva
Eletricidade e Maquinaria: Guilherme Magalhães
Colorista: Nicoleta Toma
Direção e Mistura de Som: Tiago Tiza
Direção de Arte: Alice Almeida
Produção e Montagem: Francisca Miguéis e Salvador Mendes
