O Santuário da Peninha, local único na Serra de Sintra, tem sido escola de formação pessoal, cultural e científica de crianças e jovens. A degradação do sistema de abastecimento de água, bem como o isolamento deficitário de portas, janelas e telhados, dificulta o funcionamento das infraestruturas de apoio e, por conseguinte, destas atividades.
O Santuário da Peninha, local único na Serra de Sintra, tem sido escola de formação pessoal, cultural e científica de crianças e jovens. A degradação do sistema de abastecimento de água, bem como o isolamento deficitário (de portas, janelas e telhados), dificulta o funcionamento das infraestruturas de apoio e, por conseguinte, destas atividades. Em conjunto, este património de todos poderá voltar a estar ao serviço de todos.
Património natural e cultural: Desde o início da ocupação humana da Península Ibérica que a serra de Sintra foi um lugar privilegiado para os vários povos e culturas. É aí, entre o Atlântico, o Cabo da Roca e a serra, que se ergue o Santuário da Peninha, atravessando toda a história de Portugal, com uma localização geográfica e um património natural único.
História: A primeira capela, chamada de S. Saturnino (no sopé dos penedos onde se ergue a Peninha), é mandada construir por Pêro Pais, alferes-mor e porta-estandarte de D. Afonso Henriques.
Já no reinado de D.João III, é construída uma segunda capela, a 460 metros de altura – onde a lenda relata o aparecimento de Nossa Senhora a uma pequena pastora da região –, que dá origem ao Santuário da Peninha.
No século XVII, Pedro da Conceição, com o apoio do rei e das esmolas dos fiéis, constrói a Igreja que hoje existe e as casas dos romeiros de apoio aos peregrinos. Mais tarde o santuário virá a ser adquirido por António Monteiro (dono da Quinta da Regaleira) e dotado de novas infra-estruturas, passando depois para a tutela da Universidade de Coimbra.
Depois de muitos anos de abandono e esquecimento, o Santuário é hoje da responsabilidade do ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas – que, no início dos anos 90, dotou a Peninha de algumas infraestruturas de apoio, nomeadamente casas de banho e acesso a água potável.
Ao serviço da educação: Nos últimos anos, além do grande número de visitantes (pela sua situação geográfica, vista sobre o estuário do Tejo e a Costa até ao Cabo da Roca, património natural, cultural e arquitetónico), a Peninha tem tido um papel importante na missão do ICNF de educar para a conservação do património natural e cultural.
Neste contexto, são muitas as atividades realizadas com escolas, grupos de jovens, escuteiros e grupos de adultos, que contribuem simultaneamente para:
- A conservação ambiental da flora e fauna única do ecossistema de Sintra;
- A ocupação e manutenção do próprio edifício do Santuário;
- A formação pessoal, social, científica e ambiental dos participantes;
- Combater as ações de vandalismo.
Problemas: A dificuldade no acesso à água do poço e o isolamento deficitário (janelas, portas e telhas partidas, provocados por actos de vandalismo e tempestades) impedem a realização das actividades acima descritas.
Objetivo do projeto: Permitir a continuidade das actividades educativas (desenvolvimento e formação pessoal, social e ambiental) com crianças e jovens, através de intervenções específicas para utilização dos espaços de apoio.
Intervenções a realizar: Arranjo de portas e janelas; substituição da bomba e sistema de abastecimento de água; substituição de telhas partidas.
Valor necessário: 3.500,00 Euros, a que acresce um contributo pro bono especializado (voluntários ligados diferentes áreas profissionais), num valor total de cerca de 5.000,00 Euros.