A AAMA vai realizar 3 campos de férias para que 60 crianças e jovens com deficiência, possam ter umas férias desportivas adaptadas às suas necessidades com apoio individual constante de um monitor para cada participante.
A AAMA vai realizar 3 campos de férias para 60 crianças e jovens com deficiência: Camp Abilities Portugal, Campo de férias fechado e campo de férias aberto. O camp abilities é uma adaptação de um modelo americano de colónias de férias para jovens com deficiência visual com apoio individual. O factor de inovação é o fato de os monitores serem também crianças e jovens, estes sem qualquer deficiência. A missão desta colónia é a INCLUSÃO, através da atividade desportiva, de crianças com deficiência visual e crianças ditas normais. Assim são trabalhados dois grandes objetivos: Por um lado, dar oportunidade aos participantes com deficiência visual de poderem, num ambiente seguro, experimentar diversos desportos, na companhia de pares visuais e cegos. Por outro lado, dar oportunidade aos jovens sem deficiência de conviver e ajudar pessoas com deficiência visual, para que fiquem uma ideia mais positiva das suas capacidades e mais sensibilizados para a sua integração na sociedade. Na Base Naval do Alfeite, 40 crianças e jovens (20 visuais e 20 com deficiência visual) irão poder realizar diferentes atividades, pela primeira vez na vida: mergulho, condução de barco, boxe, pastelaria, atletismo, futebol, capoeira, judo e surf. Os programas dos campos de férias abertos e fechados são programas de ocupação dos tempos livres e destina-se a crianças e jovens com perturbações globais do desenvolvimento, espectro do autismo, qualquer outro tipo de deficiência ou necessidades especiais.
Irão ser realizadas as seguintes atividades: Expressão Dramática, Atividades da Vida Diária, Atividades psicomotoras (circuitos em ginásio com diferentes materiais); futebol, atletismo, basquetebol, Bicicletas, trotinetes e patins; Expressão plástica (recortes, colagens, grafismos, encaixes, puzzles, etc..); Natação Adaptada; Workshops (música, dança, cães de terapia, hipoterapia, artes marciais etc…) e Visitas ao exterior (museus e parques).
Os campos são baseados num modelo de campos de férias americano desenvolvido em Bradford Woods, Indiana (USA) em que todos os participantes têm acompanhamento individual.
Os programas de campos de férias abertos e fechados tem três grandes objetivos:
- Dar oportunidade a crianças e jovens com deficiência de participarem num campo de férias desportivo, seguro e adaptado às suas características.
- Dar oportunidade a técnicos recém licenciados e a jovens estudantes universitários de terem uma experiência única com populações especiais. Inicialmente têm uma formação teórico-prática sobre a deficiência, atividades e estratégias. Durante o campo são supervisionados por coordenadores com uma vasta experiência na área da deficiência, que os acompanham e orientam na melhor forma de interagir e trabalhar com crianças e jovens com necessidades especiais.
Em todos os campos os participantes com deficiência são acompanhados individualmente por um monitor de forma permanente.
O Campo de férias aberto destina-se a crianças dos 3 aos 8 anos (até à data da colónia), e funciona em regime de externato, durante 10 dias, das 9h às 17h. Neste campo participam 18 crianças em 3 grupos. Para cada 6 crianças, existem 8 adultos a acompanhar (6 monitores voluntários em apoio direto, um voluntário para programar as atividades e um coordenador direto).
O Campo de férias fechado destina-se a crianças e jovens dos de 9 anos aos 18 anos (à data da colónia) com perturbações do espectro do autismo ou outro tipo de deficiências que sejam independentes na marcha. Funciona em regime de internato durante 6 dias 24/horas por dia. Neste campo participam 22 jovens em 3 grupos. Para cada grupo de 7/8 jovens, existem 10 adultos a acompanhar permanentemente (2 coordenadores diretos e 8 monitores). O campo é ainda supervisionado por dois coordenadores gerais de forma permanente.
Temos as equipas de coordenadoras formadas e motivadas. Há igualmente voluntários a quererem auxiliar e participar numa experiência prática com população especial e, claro, não podemos ficar alheios às muitas famílias para quem esta semana são as únicas férias em que os seus filhos podem experimentar algo diferente e eles, pais, podem recarregar baterias para mais um ano intenso a cuidar de um filho/a com necessidades especiais.
Mas tudo isto só será possível com a sua ajuda e a de todos os que queiram contribuir para colocar este projeto de pé.