O sonho de contar histórias infantis diferentes, com sentido de humor e alguma irreverência ganhou forma no conto 'A (não) aventura de Simão'. Depois de vencer o concurso literá...
O sonho de contar histórias infantis diferentes, com sentido de humor e alguma irreverência ganhou forma no conto 'A (não) aventura de Simão'. Depois de vencer o concurso literário de Cabeceiras de Basto, em 2013, http://www.cabeceirasdebasto.pt/index.php?oid=7736&op=all um amigo criativo concebeu as ilustrações e procurei uma editora disposta a acreditar no sonho. Vencida a primeira etapa preciso do vosso apoio para avançar com a edição do que espero vir a ser a primeira de muitas histórias que vos quero contar.

Recompensas: personagens do conto em massa de modelar
Quando acordou, ao princípio não se lembrou do que acontecera. Estava escuro e estava deitado numa cama confortável. Pensou que estava no quarto e deixou-se ficar, de olhos fechados, naquela espécie de fronteira entre o sonho e a vigília. Foi então que começou a perceber que se passava algo de estranho. Não muito distante ouvia alguém conversar, mas não eram os pais. As vozes eram estranhas, miudinhas, como as dos desenhos animados e carregavam muito nos zz e nos rr. Seria a televisão.?! Procurou acender a luz do quarto, mas a parede não estava no lugar certo. Sentou-se em pânico na cama e gritou pela mãe. Ouviu-se um restolhar e a luz acendeu-se de repente. Simão ficou de boca aberta, mas não voltou a gritar. Os olhos arregalaram-se e fitou as estranhas criaturas que estavam à sua frente, estarrecido.
-Estou doente, - murmurou para si mesmo, tocando a testa húmida. – Devo estar cheio de febre e estou a ver coisas, como daquela vez que imaginei o Pai Natal a entrar pelo ar condicionado.
As criaturas mexeram-se e Simão enroscou-se no cobertor, procurando manter a distância.
- Eu não te disse que isto zó ia trazzer prroblemaz. – o bicho maior e olhudo resmungou para o outro, de corpo pequeno e grandes patas. Simão ficou completamente aterrado e começou aos berros, tapando a cabeça com o cobertor.
- Estou a sonhar, estou a sonhar! Vão-se embora!!!
Uma voz macia fez-se ouvir no intervalo da gritaria:
- Saiam todos. Ele está assustado. É compreensível. – disse e ouviu-se um restolhar de patas a afastar-se. Depois ficou tudo em silêncio.