Embarque nas páginas do diário de bordo mais psicadélico da distopia pandêmica

Um diário de bordo psicadélico escrito no primeiro confinamento em Portugal por um hipocondríaco que embarca numa viagem dentro do seu próprio quarto. E acredita: ele vai longe!

Após um período de busca por editoras interessadas na obra, optei por estabelecer uma parceria de publicação com a Kotter Editorial, uma editora independente brasileira que tem publicado alguns autores de que gosto, como Ferrez, da literatura marginal, e Henry Bugalho. Cabe deixar aqui claro que a Kotter Editorial não faz parte da campanha de crowdpublishing, ela será apenas a editora a publicar o livro, mas não assume um papel neste projeto de financiamento coletivo, o qual foi concebido e dinamizado exclusivamente por mim, o autor do livro. Gentilmente, a Kotter Editorial permitiu que o seu nome fosse aqui mencionado para que eu pudesse informar que o livro já tem uma editora para chamar de sua, e perante a sua generosidade cabe-me, portanto, deixar claro o papel de ambos, o da editora e o meu, no projeto o livro. A editora irá editá-lo e publicá-lo através dos seus meios próprios, enquanto eu tocarei esta campanha de crowdpublishing no sentido de recolher apoio no financiamento da publicação do livro, que tem custos partilhados entre editora e autor. Portanto, pretendo com esta campanha auferir apoio suficiente para cobrir o meu investimento na obra, e ao mesmo tempo já ir tendo os livros vendidos para os benfeitores que contribuírem com este financiamento coletivo. O preço de mercado de Até Mais, E Obrigado Pelos Feixes! é de 14€, e esta campanha oferecerá a possibilidade de diversas modalidades de apoio em dinheiro que se converterão, a depender do valor oferecido, no próprio livro, em brindes ou em um agradecimento público na sessão de lançamento.

Até Mais, E Obrigado Pelos Feixes! começou como um pequeno conto que logo evoluiu para um texto de aproximadamente 130 páginas. Está dividido em 42 minicapítulos escritos ou esboçados, todos eles, durante o primeiro confinamento. Foi um trabalho árduo de coleta de «recortes» de outras obras literárias, musicais ou cinematográficas que compõem os cenários e emprestam personagens que dialogam com o nosso coitado protagonista hipocondríaco em sua desventura. É um livro leve, ou melhor, balanceado, equilibrado, que concilia partes mais sérias, tensas e até dramáticas com momentos mais descontraídos e mesmo divertidos, dotado de um certo humor inspirado na célebre obra The HitchHikers Guide To The Galaxy, de Douglas Adams, a quem tento de alguma forma prestar homenagem, como se percebe no próprio título escolhido, que parodia um dos livros da «trilogia de cinco» de Adams, Até Mais, E Obrigado Pelos Peixes!. Apesar de utilizar os tais recortes de outras obras artísticas, o grande pano de fundo não pode ser outro que não a pandemia e os principais temas fraturantes da atualidade social, econômica e política do mundo, mas especialmente do Brasil. Como costumo dizer, Até Mais, E Obrigado Pelos Feixes! é mais poética que panfletária, mais revigorante que desesperadora; subverte a lógica e revoluciona a quarentena, sem no entanto romantizá-la. Estou seguro de que a sua leitura oferecerá, decerto, um sabor agridoce ao leitor em função da dualidade tragédia vs comédia, mas também lhe abrirá novas perspectivas ou pelo menos novas linhas de entendimento do período distópico que todos vivemos.

Por fim, gostaria de dizer que a publicação deste livro transcende em importância para o autor, para mim, porque foi o grande projeto da minha vida em todo o ano de 2020 e parte de 2021. Sem ele, os dois anos da distopia pandêmica seriam ainda mais vazios e teriam ainda menos sentido. Este livro, cumpre com o preenchimento de várias lacunas geradas pelo isolamento e pela solidão, e a sua publicação é uma celebração de resistência, de resiliência, do que chamo de «solitariedade», e da própria vida, uma vida comovida que resistiu (quase) sem enlouquecer. O produto da loucura é, porém, esta obra que para ganhar asas necessita do seu apoio. Espero poder contar consigo. Obrigado!

Sobre o promotor

Nascido paulistano, filho de uma portuguesa e um quase baiano, encontrou a redenção no percurso migratório inverso, em Aracaju, que o adotou aos cinco anos. Cresceu na capital sergipana, até migrar aos dezoito para Portugal, onde atualmente reside na cidade do Porto. Também residiu em Braga, Madrid, Cracóvia e Praga. Devido ao interesse pela fotografia, estudou inicialmente artes, mas logo ingressou no curso de Geografia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), onde se graduou em 2010. No ano seguinte, fez uma pós-graduação em Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território na mesma instituição antes de rumar a Praga, onde descobriu a boemia, o hedonismo e a luxúria, mas também a degradação física, a depressão e a sarjeta.

De regresso ao Porto, tornou-se fotógrafo e trabalhou em eventos da vida noturna e em festivais de verão. Foi membro-fundador da Frente de Imigrantes Brasileiros Antifascistas do Porto (FIBRA) e desde 2018 é responsável pelo projeto fotoativista Ativismo Em Foco. Tem dois livros de poesia, Travessa das Almas (Corpos Editora, 2014) e Significância Em Escala Poética (2016). Atualmente, é mestrando em Riscos, Cidades e Ordenamento do Território (FLUP), com enfoque no Direito à Cidade, debruçando-se sobre a gentrificação turística, e é investigador bolseiro no projeto «SMARTOUR – Turismo, alojamento local e reabilitação: políticas urbanas inteligentes para um futuro sustentável».

Apesar de ter uma modesta carreira acadêmica, minha grande paixão nesta vida são as artes da fotografia e da escrita. Também sou perito na arte de errar, e errar feio, mas esta não é propriamente uma paixão, mas uma aptidão muito pouco conveniente, ainda que também acabe por inspirar artisticamente, porque, como sabemos, a desgraça e a desventura são potentes propulsores espirituais de produção de arte. Escrevo para não enlouquecer, literalmente. Ou por já ser louco de uma loucura criativa. A arte serve também para resgatarmos e restaurarmos memórias que as feridas porventura rasuraram, e talvez até curá-las, a essas mesmas feridas, com a sua inesgotável capacidade regeneradora, porque só a arte salva! Por isso escrevo, por isso sou poeta. Por isso sou amante inveterado das palavras e de todas as formas que com elas podemos criar.

Orçamento e Calendarização

A tabela abaixo apresenta uma simulação de orçamento tendo como base um número realista de apoiadores da campanha (coluna «Quant. pessoas»), para que ela não se perca em objetivos inalcançáveis para aquilo a que se propróe e dado o curto espaço de tempo. Como este é um «crowdpublishing», ou seja, busca-se aqui angariar apoio no financiamento de um livro, os custos assumidos são inerentes ao preço de venda do produto (14€), atribuído pela editora incumbida da sua edição. Como o promotor desta campanha e, portanto, autor do livro, tem por compromisso de partilha de investimento junto à editora a compra de 65 exemplares da obra (total de 910), esta campanha pretende angariar compradores antes dela ser oficialmente publicada. O promotor (e autor) tem, portanto, a intenção de angariar fundos que lhe permitam financiar a sua parte do acordo com a editora, a fim de tornar viável a publicação do livro envolvendo os próprios leitores, o público-alvo do produto. A tabela apresentada possui valores apenas simulados e a título demonstrativo daquilo que se pretende. Note-se que há uma margem de lucro final (no caso simulado, de 196,6€) que deverá, existindo na realidade, ser utilizada para financiar os custos de envio por correio dos participantes/compradores que não forem à sessão de apresentação e residirem distantes da cidade do Porto. Não espera-se, porém, auferir uma margem de lucro tão significativa na realidade, mas, caso ela exista, servirá para imprimir mais brindes (autocolantes e posters). Poderá ser necessário também cobrir alguns custos relativos à presença do editor da Kotter Editorial na cidade do Porto quando da sessão de lançamento.

Do ponto de vista da calendarização, pretende-se realizar toda a campanha no espaço de um mês, durante o qual a campanha passara por algumas etapas importantes:

1) O seu lançamento e consequente divulgação adequada, com criação de uma página no Facebook no mesmo dia. Isto está agendado para ocorrer no dia em que o projeto for aprovado.

2) Um período incessante de busca de apoiadores, com postagens diárias e partilhas em grupos em diversas redes sociais, buscando atingir inicialmente as pessoas mais próximas, como parentes e amigos, para a partir deles tentar um efeito «bola de neve» que faça a campanha chegar a cada vez mais gente. O promotor estará diariamente empenhado nessa função e contará com o apoio de alguns familiares e amigos com tempo para desempenhar semelhante papel nas redes sociais e fora delas.

3) A partir do dia 20 de Novembro o projeto contará com um rosto, isto é, a editora disponibilizará uma imagem em 3D da capa do livro, tornando tudo mais palpável. Espera-se que o engajamento aumente ainda mais a partir desse momento e que, com o livro finalmente revelado, o número de apoiadores seja incrementado para a reta final da campanha.

4) Com o encerramento da campanha, serão revelados os valores obtidos, bem como os seus benfeitores, e o foco de propaganda passará a ser o evento de lançamento do livro, onde ele será entregue aos apoiadores, bem como os brindes e agradecimentos. Esse evento de lançamento deverá ocorrer no dia 15 de Dezembro na cidade do Porto, em local ainda a ser definido.

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