PERFORMANCE   |   EL CUERPO CONSUMIDO POR SU PROPIA NATURALEZA:OS ACTOS FINAIS

PERFORMANCE | EL CUERPO CONSUMIDO POR SU PROPIA NATURALEZA:OS ACTOS FINAIS

Iniciámos o projecto com a certeza de que o iríamos fazer. Procurámos lugares não-convencionais que contêm a sua memória, para que essa se funda na nossa criação. Procurámos tam...

  • 470

    angariado

    36% de 1 300€

    10 apoiantes

  • 06/09/2021

    Terminado a

  • Terminado

    Este projecto não conseguiu reunir os apoios necessários.

Iniciámos o projecto com a certeza de que o iríamos fazer. Procurámos lugares não-convencionais que contêm a sua memória, para que essa se funda na nossa criação. Procurámos também financiamento, mas infelizmente não o obtivemos.

O PROJECTO

“EL CUERPO CONSUMIDO POR SU PROPIA NATURALEZA : OS ACTOS FINAIS” é a última etapa de uma pesquisa artística, onde nos propomos construir um espectáculo que expande as noções da dança ou do teatro, onde cruzamos os nossos backgrounds académicos - as artes visuais e plásticas - onde o corpo - a matéria mãe - se instala e se desvenda em diferentes espaços visuais e sonoros. 

Grotowski dizia que a Performance é o Ritual, o cumprimento de uma acção, portanto um acontecimento; e o Performer um estado de existência. 
Este projecto nasce da vontade de nos debruçarmos sobre a motivação da (re)acção humana, as sensações primárias (a dor e o prazer) que despoletam essa vitalidade, e consequentes emoções e sentimentos. De que forma estes se associam às nossas memórias e se reflectem nos nossos comportamentos?
Desta premissa, surge o ímpeto de repensar a intimidade, esse espaço cheio de potencialidade entre a realidade e a ficção - a verdade sempre subjectiva. O lugar onde a verdade existe não somente pela presença de factores externos, mas principalmente pela relação entre o que nos é exterior e o íntimo, o nosso intelecto. 

De que é feito o corpo e do que é capaz? Que bichos assombram a consciência? Quem vive nessa bruta probidade? Que se deixa em detrimento da moral? O que se cumpre na estética do grotesco? De que punições somos merecedores? Como reagimos ao desconforto? Que palavras vociferamos e porquê? Que permissões são socialmente aceites, como distinguir quem cumpre a sanidade e quem sonha na loucura?  Que sente o observador, que silencia e possivelmente instiga?  Que traumas vivem nos corpos, que memórias escrutinam na bondade da raça humana? Buscamos o confronto com a nossa vontade de sentir, porquê? Do que somos capazes? Que outro-eu sou senão este corpo? Que caminhos percorremos na procura do tangível? Se neste processo, o amor surgir, abraçamos o duelo?

Este trabalho surge da vontade de pensar em conjunto, de propor uma espécie de meditação colectiva: uma reflexão com o outro sobre todos nós. Partindo de ideias biográficas, interessa-nos questionar a razão destas memórias - porquê estas e não outras? - transpondo-las, transformar o vulgar no absurdo. O tempo destas memórias existe em nós como um corpo que se foi desgastando. Este tempo é a duração de que precisamos para compor a nossa história, é a dilatação de movimentos que diariamente repetimos sem a consciência das nossas inúmeras capacidades.

Desde a Grécia Antiga, no Hedonismo, até à contemporaneidade, a dor e o prazer, estas duas sensações tão antagónicas têm sido objecto de estudo equiparado nas áreas humanísticas e científicas. Desde Pessoa a Freud, de Spinoza ou Bentham a Jung, a dor e o prazer são entendidas como as sensações que estimulam o ser humano, que inevitavelmente busca o prazer evitando a dor. 
No “Livro do Desassossego" (assinado por Bernardo Soares), Fernando Pessoa escreve sobre alguns caminhos para se “ir buscar à dor o prazer, e passar em seguida a educar-se a sentir a dor falsamente, isto é, a ter ao sentir a dor, um prazer qualquer”. A permanência destas duas sensações ocorrem no sonhador, aquele que ao “sentir as coisas mínimas extraordinária — e desmedidamente” se deleita e sofre. 
Pensamos na criação de um Ritual, o tal concerto de acções de Damásio, que se metamorfoseia, um experimento onde a intimidade é uma incubadora de emoções e sentimentos, uma intimidade intelectual que é catalisadora de memórias e se deleita entre o choro e a paixão. Um Ritual que intenta a desconstrução de pré-concepções e o desmantelamento da verdade absoluta, da ética universal, procurando reflectir sobre o que realmente move a condição humana.

 

FICHA ARTÍSTICA

Criação e Interpretação:
Miguel Ferrão Lopes e Julian Sanchez

Som:
Marcos Ferreira e Mariana Vale

Luz:
Sebastião Pinto

Registo audiovisual:
Teresa Baptista

Consultoria artística:
Mariana Tengner Barros

Co-Produção:
Kale Companhia de Dança/Armazém 22

Apoio à criação/Residência:
A Bela Associação
Centro de Experimentação Artística/Município da Moita
Estúdios Victor Cordon
Fábrica Braço de Prata
Largo Residências

Sobre o promotor

Miguel Ferrão Lopes (n. 1988, Castelo Branco) é artista visual e performativo, licenciado em Cultura Visual e Fotografia (IADE, Lisboa). Durante vários anos, explora no entremeio da fotografia, vídeo e instalação, a sua relação com o corpo-matéria e o corpo-memória. Desde 2017, após formação no Chapitô, frequenta aulas e workshops de dança, performance e teatro. Em 2019, é seleccionado para o Programa Avançado de Criação em Artes Performativas 3 (Forum Dança, Lisboa), com curadoria de Vânia Rovisco, onde apresenta diferentes pesquisas performáticas e inicia o solo “Have you ever seen an animal crying?”. Estreia no festival Gaivotas em Marvila, a performance de dança “We Might Look for New Lovers” (2019), co-desenvolve “Meet me Halfway” (2020), a instalação performativa “Eres victima de tu propio invento: una cercanía a nuestra intimidad” (2021) para o Festival Fuori Visioni 6, e “Não, meu amor, nem todo o corpo é carne” (a estrear no final de 2021). É intérprete de Ana Borralho & João Galante em “Sexy M/F”, em “Burn Time” de André Uerba e em “O Escuro que te Ilumina ou As Últimas Sete Palavras de Cristo” de Mónica Calle.

https://miguelferraolopes.wixsite.com/works

Julian Sanchez (n. 1988, Medellín) é artista plástico, visual e performativo, com estudos em música clássica, vertente de violino. Viaja para Londres aos 18 anos, onde frequenta cursos de desenho e fotografia. Participa em exposições colectivas em diversos espaços londrinos, entre os quais no Fountain Road Studios. Em 2018 muda-se para Lisboa, onde ingressa no curso de Pintura, na Faculdade de Belas Artes. No mesmo ano, é finalista do concurso Paula Rego e expõe na Casa das Histórias, em Cascais. Em 2019, é seleccionado para o Prémio SGPCM da Faculdade de Belas Artes de Lisboa. No final de 2020 integra o projecto “Loja LARGO”. É co-criador da instalação “Eres victima de tu propio invento: una cercanía a nuestra intimidad” (2021), apresentada no Festival Fuori Visioni 6, e colabora na performance “Não, meu amor, nem todo o corpo é carne” (2021). Trabalha como ilustrador e fotógrafo, e tem desenvolvido trabalho autobiográfico em vídeo-performance e fotografia.

https://juliansanchezart.wixsite.com/portfolio

mais sobre o projecto:
https://miguelferraolopes.wixsite.com/works/thebodyconsumedbyitsownnature

Orçamento e Calendarização

A nossa criação inicia em menos de um mês e seria muito importante termos algum apoio monetário para o início deste trabalho.
Conseguimos vários apoios para residências de criação, mas infelizmente nenhum apoio financeiro.

Calendário de Residências de Criação

Agosto: Pólo Cultural das Gaivotas + A Bela Associação
Setembro: Estúdios Victor Córdon + Largo Residências
Outubro: Largo Residências + Fábrica Braço de Prata
Fevereiro: Armazém 22
Março/Abril: Centro de Experimentação Artística

Calendário de Apresentações

Outubro: Fábrica Braço de Prata (Lisboa)
Novembro: Armazém 22 (Porto)
Março/Fevereiro: Moita  (espaço a definir)

Esta é a proposta de um orçamento simbólico, quase em jeito de ajudas de custo, para que todos sejamos minimamente remunerados e possamos iniciar a última etapa deste projecto. A conseguirmos ultrapassar o valor pedido, tão almejado, o mesmo será distribuído por toda a equipa artística. Acreditamos também que outros apoios deverão surgir para que a equipa seja devidamente remunerada.

criação e interpretação (2 intérpretes/criadores): 600 € 
composição musical (2 músicos): 300 €
luz: 150 €
consultoria artística: 150 €
registo audiovisual: 100 €
 

Este orçamento contempla cachets individuais (super reduzidos) para este primeiro mês de trabalho.
Ficaríamos muito felizes a atingir o montante mínimo e eternamente gratos se o ultrapassarmos.

  • Bilhete para Performance

    Apoia com
    15€ ou mais

    Bilhete para Performance

    Bilhete duplo para uma apresentação à escolha: Outubro - Fábrica Braço de Prata, Lisboa Fevereiro - Armazém 22, Porto Março/Abril - Moita

    4 apoiantes

    Limitado a 15 unidades. 11 restantes

  • Ilustracão bordada

    Apoia com
    20€ ou mais

    Ilustracão bordada

    2 ilustrações bordadas, podendo ser personalizadas ou parte integrante de um dos projectos do Julian

    Envio por correio/transportadora ou entrega em mão
    Portes não incluídos

    7 apoiantes

    Limitado a 20 unidades. 13 restantes

Ter, 23/04/2024 - 13:47

06/09/2021

Campanha terminou

Não se reuniu a totalidade dos fundos

Ter, 20/07/2021 - 19:55

Primeiros cinco apoiantes

Reunimos os primeiros cinco apoiantes. Força!

Lançamento da campanha

09/07/2021

10 membros da comunidade PPL
apoiam esta campanha

  • 9
    novos apoiantes

  • 1
    apoiante recorrente

  • 3
    apoiantes anónimos

Conhece quem está a tornar este sonho realidade