A escola de música e dança Alberta Lima está sediada em Matosinhos, Portugal. Neste momento passa por muitas dificuldades, devido a uma infiltração de água fruto da má gestão do senhorio ao espaço em que se encontra.
A Escola de Música e Dança Alberta Lima existe há 42 anos, em Matosinhos. O valor do arrendamento manteve-se sempre o mesmo, 1600€ mensais (à excepção de uma atenção no valor de 200€ com a duração de 6 meses durante o período pandémico) e com o acréscimo das restantes despesas como água, luz, internet, pass music, sociedade portuguesa de autores, manutenção do espaço, IVA, seguros, entre outros.
E há 42 anos que nos deparamos com o mesmo problema. Nunca foi exposto aquilo pelo que passamos durante estes anos, mas agora chegou a altura de o fazer pois chegamos a um ponto insustentável.
Somos uma escola privada e esse tem sido o principal e único motivo pelo qual se se recusam a prestar qualquer tipo de apoio e/ou solução.
Depois de sobreviver com bastantes dificuldades e uma perda significativa de alunos a uma pandemia onde o valor do aluguer nunca deixou de ser pago, ainda assim aquilo que são as obrigações do semhorio nunca foram postas em prática. Sempre que a intervenção da senhoria foi solicitada deveu-se a situações já de grande gravidade relativas à manutenção da estrutura do imóvel, essencialmente o telhado e as caleiras. Posto isto, recentemente e depois de muita insistência nossa e de uma visita da proteção civil ao local, que interditou a utilização do espaço até serem feitas obras (o que durou 1 ano de portas fechadas) foram então realizadas essas obras na zona do vestiário e casas de banho, representando assim ¼ daquilo que é problemático na escola.
Deparamo-nos todos os invernos com uma situação degradante de entradas e infiltrações de água em grande parte do nosso espaço e esta semana o mesmo já se fez sentir em dimensões ainda mais preocupantes e agravadas, inundações na zona da receção da escola a cada vez que chove está a ser uma constante nas últimas horas.
Depois de um perito ter subido ao telhado, aquilo com que se deparou não é aceitável. Desde telhas partidas a buracos, tubo de escoamento de águas notoriamente desengatado por mão humana e virado para cima do nosso telhado, caleiras podres e de dimensão insuficiente para a quantidade de água que se acumula e se infiltra nas paredes, grande parte do telhado é amianto (o que foi proibido há já 15 anos).
Neste momento a nossa escola não reúne de todo as condições de trabalho nem de segurança necessárias para que possamos manter a nossa atividade com normalidade, receber as nossas crianças e professores em segurança.
Já se fazem contas ao prejuízo feito entre o dia de ontem e o de hoje e os que ainda se vão somar se a tempestade persistir. É urgente que as entidades capacitadas para o efeito ajam e nos ajudem a solucionar esta situação que já se arrasta há demasiado tempo sem qualquer solução à vista. Mas as nossas esperanças já se esgotaram neste sentido..
A partir desta data, sempre que chover estará a entrar água na escola, provocando as constantes inundações. Desta escola vive e depende uma família, parte integrante da direção e núcleo de professores. Sendo a escola mais antiga de Matosinhos, contribuímos há 42 anos ativamente no crescimento da cultura e da arte, da música e da dança, na formação e felicidade de muitos jovens, participando também de várias atividades culturais por e para o município.
Será justo estarmos esquecidos e abandonados por quem está acima de nós e com poder para que se faça justiça? Se ninguém de poder faz nada por nós, então que a nossa voz seja ouvida pela comunidade, hoje por mim, amanhã por ti!
Em anexo vão fotografias e vídeos que comprovam o que referimos em cima.
Atenciosamente,
A direção,
Escola de Música e Dança Alberta Lima, Matosinhos